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quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Entrevista Coletiva (Rio de Janeiro - Novembro - 2000)

Entrevista coletiva e fatos sobre a passagem do U2 pelo Brasil

O U2 esteve no Rio de Janeiro em uma visita promocional do CD "All That You Can´t Leave Behind", em novembro de 2000.
Adam, Bono, Larry e Edge deram uma entrevista coletiva no Copacabana Palace no Rio de Janeiro.
Uns 100 jornalistas de várias partes da América Latina estavam à espera da banda para a coletiva que eles vieram dar para a divulgação do CD.
Logo após a sessão de fotos a banda apareceu no Golden Room com Bono apertando a mão dos jornalistas que estavam na primeira fila.
Perguntados sobre o abandono da tecnologia no novo CD, The Edge disse que "na verdade nós nunca abandonamos algo que sempre esteve no nosso som desde sempre, o que aconteceu é que agora somos novamente uma banda que fica numa mesma sala tocando junta, compondo junta. Não é uma volta, é uma continuidade."
Bono disse que não existe uma volta ao passado e que a tecnologia existe há muito tempo, como por exemplo ter que colocar um microfone em um teatro para Frank Sinatra cantar. Além do mais, segundo Bono, ela ajuda eles a soarem melhores do que são.
O vocalista que esteve envolvido em projetos como o Jubileu 2000, disse que sentia uma culpa católica por ser um rock star muito bem pago, mimado e muito bem vestido e que por isso gostaria muito de ajudar o Brasil, que ele sabia estar com uma péssima economia e pessoas em total pobreza.
Bono afirmou que eles fizeram questão de voltar para reparar os erros que fizeram com que milhares de fãs assistissem ao show da banda ainda andando na rua, por conta dos congestionamentos que acabaram por atrasar o início da apresentação deles em 1998 no Rio de Janeiro. A gravação que eles fizeram para o Fantástico era dedicada a esses fãs, assim como a gravação de um videoclipe nas ruas do Cosme Velho, também pode ser considerada uma enorme homenagem.
The Edge fez questão de afirmar que eles sempre irão inventar motivos para retornar ao Brasil: "Nós não precisaríamos gravar um programa de TV. Fizemos em respeito aos fãs. Essa coletiva poderia estar tranqüilamente estar acontecendo em Londres, mas fizemos questão de vir para a América do Sul." Bono disse também que os Irlandeses são muito parecidos com os brasileiros: "Para um Irlandês, o que importa na vida é o futebol, o jeito de se vestir, a religião e o sex appeal. Eu gosto do estilo de vida de vocês."
Um jornalista argentino perguntou a The Edge quem seria o melhor jogador do mundo, Maradona ou Pelé e ele confirmando a tônica do bom humor de toda a banda - apesar da cara um pouco enfadonha de Adam Clayton - afirmou que o melhor era o Britânico George Best, arrancando gargalhadas de todos.
Mesmo com as grandes críticas em relação ao CD, inclusive Bono afirmou que são as melhores de toda a carreira do U2, um jornalista perguntou se eles estariam em final de carreira. Bono disse que Larry lhes deu o primeiro e único emprego da vida deles - uma referência ao anúncio que o baterista colou no mural do colégio a procura de músicos - e passou para ele a resposta. Larry: "Eu dei o primeiro emprego deles e só eu posso tirar. Nós estamos longe de parar, estamos fazendo o que mais gostamos e muito bem."
Edge completou dizendo que com 60 ou mais é capaz realmente deles estarem um pouco velhos, mas mesmo assim não pode afirmar que será o fim. Bono encerrou a entrevista oficialmente: "Nós tocamos juntos com espírito. O que existe entre nós é único, não pode ser mudado. Nós éramos punks em 77 e agora ainda estamos aqui tocando juntos e isso é fantástico. Nenhuma máquina pode mudar isso. O rock pode mudar o mundo, nem que seja o seu próprio."
Depois disso ele se levantou e foi cercado por quase todos os jornalistas, muitos pedindo autógrafos sem o menor pudor.


Fotos do U2 no Rio de Janeiro em 1998 e 2000:
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