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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Histórias do 'Blue Eyes', por Bono e Edge

Bono: Em uma pequena parada durante a turnê Zooropa, eu gravei um dueto com Frank Sinatra. Uns dias depois, nós todos fomos comer alguma coisa em um restaurante mexicano. A esposa de Frank, Barbara, estava lá. Ela entrou vestindo uma linda calça vermelha, e o Frank fez um comentário, ‘Jeez, Barbara, você está parecendo um coágulo de sangue!’ Ele estava em grande forma, contando histórias, bebendo uma tequila gigante em um copo do tamanho de um aquário.


Edge: Eu estava sentado ao seu lado e vi quando ele pegou o guardanapo azul que estava na frente dele, ficou encarando-o, dobrou-o perfeitamente e depois sussurrou, ‘Eu me lembro quando os meus olhos eram azuis que nem esse guardanapo’. Isso não era pra ninguém escutar, ele estava resmungando pra si mesmo. E ele colocou o guardanapo azul no bolso do seu paletó e o guardou.


Bono: Eu cantei ´Two Shots of Happy, One Shot of Sad` para Sinatra e lhe disse que tínhamos escrito essa música especialmente pra ele. Ele pareceu sinceramente emocionado. Ele nos convidou para ir pra sua casa, onde ainda tomamos mais alguns drinks. Havia algumas brincadeiras clássicas entre ele e o seu barman, alguma coisa como, ‘Eu sou um garoto ou um homem?’ quando o barman lhe dava apenas metade da dose. ‘Faça isso valer a pena quando eu me levantar’. Ele era brilhante. Nós assistimos um filme na sua sala de cinema, onde todos os móveis eram branco-neve. O filme não era muito bom e tentar ficar acordado com tudo aquilo que o Sinatra tinha bebido me deixou com sono. Quando eu acordei, eu tive a sensação que as minhas calças estavam molhadas e imaginei o impossível. ‘Meu Deus, será que isso realmente aconteceu? No sofá branco? Não pode ser! Que derrota monumental, Irlanda versus Itália’. Mas eu tinha apenas derramado a bebida. Ufa!
O Frank era muito generoso. Em algum momento durante aquela noite, ele me mostrou algumas das suas pinturas e eu fiz um comentário sobre uma em particular. Na outra semana, a pintura foi entregue na minha casa. Ele me mandou um lindo relógio Cartier de platina e safiras, gravado nele ‘de Francis Alberto para Bono’. Ele era um homem muito generoso. Uma das minhas histórias favoritas é sobre dar gorjetas. Ele aparentemente deu a maior gorjeta do mundo. Uma noite ele deu à um porteiro cem dólares apenas por ele ter aberto a porta. O porteiro praticamente não teve nenhuma reação, o que fez o Frank parar. Ele olhou pra trás e disse, ‘Essa é a maior gorjeta que você já ganhou por abrir uma porta?’ O porteiro respondeu, ‘Não, já ganhei uma maior’. O Frank irritado quis saber, ‘Quem lhe deu mais do que cem dólares por abrir uma porta?’ ‘O senhor me deu duzentos semana passada’, respondeu o porteiro. Ele é uma figura mítica.
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