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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Celebrando os 50 anos do fundador do U2: Larry Mullen Jr, o cara mais durão da banda - Capítulo 1

"As pessoas dizem, "Por que você não dá entrevistas? O que você pensa sobre
isto? O que você pensa sobre aquilo?'" Larry Mullen suspira. "O meu trabalho na banda é tocar bateria, subir ao palco e segurar a banda junta. É isto que eu faço. No final do dia, isto é tudo o que importa. O resto é irrelevante."
Muitas pessoas neste planeta dizem que odeiam bobagens, mas ninguém odeia
bobagens tanto quanto Larry Mullen Jr. A possibilidade de ele vir de alguma
forma acrescentar algo ao crescente montante de besteiras que ameaça submergir a nossa civilização em propaganda e idiotice o aterroriza tanto que ele franze a sobrancelha e fecha a boca à primeira suspeita de indulgência, tapinhas nas costas, falsa sinceridade, encheção de saco, puxação de saco, beijinhos pelo ar, admiração excessiva, amizades de bons momentos, aproveitadorismo, hipérbole, ligging, adulação, pretensão, cumprimentos entre os dentes, palmadinhas ao ego, bootlicking, cheek-smooching, groveling, pratspeak, toadying, leg-lifting, fame-grub­bing, schnoring, adoração à ídolo, starfucking, or brown-nosing. Cara, ele escolheu a profissão errada!

Bono diz que para Larry todo o mundo é culpado até provado o contrário - mas se ele muda de idéias, acreditando que você é legal, ele não só o deixará entrar na casa dele, ele o deixará dormir na cama dele.
Larry sempre foi durão. Ele pode rir-se muito ao contar a história de quando eram crianças na Véspera de Natal, ele e a irmã aborreciam o pai dizendo, "Eu acho que ouvi o Papai Noel, pai! Eu acho que ouvi o Papai Noel!" Até que o coroa cansado respondeu, "Não existe Papai Noel! Agora vão dormir!" Quando a mãe dele disse que ele não podia sair, menor de idade e ilegal, para tocar em bares com o U2, ele respondeu-lhe simplesmente que ele tinha que ir, não havia nada para ser discutido. E lá foi ele.

Larry efetivamente fundou o U2 no Mount Temple, a escola onde estudavam em
Dublin quando ele convidou Dave Evans (Edge) para começarem uma banda. A palavra se espalhou e Paul Hewson (Bono), Adam e uns outros garotos foram até a cozinha da família do Larry bater nas guitarras e cantar músicas de outras bandas.
Rapidamente a quantidade de membros foi diminuindo até chegar aos quatro
personagens que são o U2 hoje. Edge era uns dois meses mais velho que Larry.
Adam e Bono, ambos, tinham mais de um ano em relação a ele. Com o seu cabelo loiro e bonitas feições, Larry parecia mais jovem que os outros. Ele parecia uma criança. Mas, o Larry sempre foi tão obstinado como o Minotauro. Ele brinca que desistiu de ser o líder do grupo assim que conheceu Bono, mas, de uma certa maneira indefinida ele permaneceu o centro do U2 desde os tempos de escola até agora. E nem é por ele ser a consciência da banda: é mais por ele ser o que sabe o que cada um deles é e o que cada um poderá ser ou nunca será, e ele nunca hesitará em dizê-lo na cara de qualquer um deles. De alguma forma, ao definir isto, Larry define o que o U2 acaba sendo.
"O que fez o U2 sempre foi o relacionamento," ele diz. "O relacionamento não é só pessoal, é também musical. É um entendimento. É clichê, mas a grande influência do U2 tem sempre sido cada um de nós. Nós sempre tocamos juntos. Nós sempre tocamos uns contra os outros musicalmente. Quando viemos para Berlin (1990) estavamos inesperadamente, musicalmente, em níveis diferentes e isto afetou tudo. As diferenças musicais afetaram as diferenças pessoais."
"É muito, muito estranho o mundo em que vivemos. Eu era muito novo quando a
banda começou. Eu acabei fazendo isto por culpa de uma tragédia, de certo modo.
A minha mãe morreu e eu fui direto para a banda, isto foi o empurrão. Na estrada, eu estava cercado por pessoas que eram mais velhas do que eu e mais experientes do que eu. Eu tinha dezessete. Eu era um virgem. Eu tinha dificuldades como qualquer adolescente teria."
"Quando você é um garoto e é jogando nisto, é muito duro. Algumas pessoas lidam com isto melhor do que outras. Eu sinto que eu talvez seja menos afetado hoje do que os outros rapazes porque eu me apaixonei por isto. Eu amava isto quando era um garoto, então, quando eu fui para a estrada era tão difícil, eu simplesmente não sabia o que estava acontecendo, era muito complicado. Então, após acontecer um monte de coisas diferentes com a banda atingindo o sucesso, eu tomei uma decisão muito clara na minha própria cabeça de que isto é o que eu quero fazer e eu quero fazer isto com seriedade. Eu não quero mais ser apenas o baterista do U2. Eu quero realmente contribuir com algo diferente e fazer mais."
Do livro "U2 At The End Of The World - Bill Flanagan"
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