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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Bono é citado em letra de canção de Lou Reed lançada em 1989

Depois de marcar época com o Velvet Underground e álbuns solos memoráveis no início dos anos 70, Lou Reed, o porta-voz da cultura underground de Nova York, manteve uma carreira sólida e, em 1989, lançou um ótimo disco batizado de 'New York', trazendo arranjos simples: “nada supera duas guitarras, baixo e bateria”, como ele próprio diz, na contra-capa do álbum. As letras são politizadas e falam sobre vários problemas da cidade de Nova York, como Aids, racismo, violência de gangues, violência doméstica e abuso infantil. Numa entrevista, ele disse querer “mostrar que a América vendida ao mundo não existe mais, que temos problemas gravíssimos como qualquer nação pobre do mundo”.
Lou Reed citou Bono na letra da canção "Beginning Of A Great Adventure". Uma brincadeira sobre qual nome daria a um filho se tivesse, incluiu o nome do vocalista do U2 na lista:

Susie, Jesus, Bogart, Sam, Leslie, Jill and Jeff
Rita, Winny, Andy, Fran and Jet
Boris, Bono, Lucy, Ethel, Bunny, Reg and Tom
that's a lot of names to try not to forget


O engajamento político de Lou Reed, ainda que refinado, foi atribuído muito ao estreitamento de relação com Bono. Os dois fizeram algumas viagens pela América Central e África após se conhecerem pessoalmente durante as gravações do manifesto anti-apartheid Sun City, idealizado por Little Steven, guitarrista da E Street Band de Bruce Springsteen, em 1986.
“Bono estava numa época de conflito interno, porque o U2 tinha virado a banda mais popular do planeta e ele começava a ser criticado de maneira dura sendo acusado de querer ser um Messias no palco, enquanto posava de rock star para a mídia. Ele chegou perto de mim um dia e começou a falar o quanto gostava do meu trabalho, de minha posição independente e que havia entrado numa encruzilhada na carreira. Não sabia mais se deveria continuar com o grupo. Comecei a perceber que era apenas um garoto agoniado com o estrelato, que tinham colocado todo o peso do mundos nas suas costas e que não sabia como lidar com o fato. Sentamos e ele ficou falando horas e horas da vontade de viajar pelo mundo e ver com seus próprios olhos os problemas dos pobres. Quando me convidou, meu primeiro impulso foi dizer não, pois não sou um “working class hero”, mas aos poucos a idéia foi me seduzindo e aceitei a empreitada. E por mais que soe piegas, aprendi muito com ele.”
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