PARA VOCÊ ENCONTRAR O QUE ESTÁ PROCURANDO

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

U2 e William Blake: 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience'

Após o lançamento do novo disco do U2, o site oficial da banda divulgou uma carta aberta escrita por Bono aos fãs, e o que mais chamou atenção nela foi uma revelação do vocalista, sobre uma provável continuação do álbum: "Se você gostou de 'Songs Of Innocence', fique conosco para 'Songs Of Experience'. Deve estar pronto logo...."
Os fãs do U2 já estão familiarizados com o título desta provável continuação. Na edição de 20° aniversário do disco 'The Joshua Tree', a banda lançou uma canção inédita que era sobra de estúdio, chamada "Beautiful Ghost-Introduction To Songs Of Experience".
A canção traz um poema de William Blake em cima de uma base instrumental do U2. Começou como uma canção experimental e foi gravada nos estúdios STS, com Paul Barret.


Canções de Inocência e de Experiência (Songs of Innocence and of Experience) é o trabalho mais conhecido de William Blake. Surgiu em duas fases. Algumas das primeiras cópias foram estampadas e ilustradas pelo próprio em 1789; cinco anos depois uniu estes poemas a um conjunto de novos poemas num volume intitulado 'Songs of Innocence and of Experience Showing the Two Contrary States of the Human Soul' (Canções de Inocência e de Experiência Revelando os Dois Estados Contrários da Alma Humana).
Songs of Innocence foi o primeiro trabalho completo do volume, publicado em 1789. É uma coleção de 19 poemas ilustrados.
A "Inocência" e a "Experiência" são definições da consciência que repensam os estados de condição mítica existencial de Milton em "Paradise" e "Fall". As categorias de Blake são modos de percepção que tendem a coordenar-se com uma cronologia que se tornaria padrão no Romantismo: a infância é uma época e um estado de "inocência" protegida, mas não imune ao mundo decadente e às suas normas. Por vezes, este mundo atinge a própria infância e passa então a ser conhecido através da "experiência", ou seja, o estado de ser marcado pela perca da vitalidade da infância, pelo medo e pela inibição, pela corrupção social e política e pela opressão diversa da Igreja, Estado e classes dominantes. Os "estados contrários" do volume são por vezes assinalados através de títulos repetidos ou contrastados: na Inocência, o Infant Joy (Menino Alegria), que, na Experiência passa a Infant Sorrow (Menino Tristeza); na Inocência existe The Lamb (o Cordeiro), na Experiência passam a existir The Fly (a Mosca) e The Tyger (o Tigre).
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...