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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A entrevista do U2 para a Rádio Comercial de Portugal - Parte 1

À serviço da Rádio Comercial de Portugal, Pedro Ribeiro se encontrou há alguns dias com o U2, nos estúdios Metropolis, em Londres, para falar sobre 'Songs Of Innocence', o novo disco da banda.

O site Cotonete disponibilizou a entrevista em duas partes, e aqui no blog você confere as melhores partes:

Ouvimos as canções novas e percebemos imediatamente que algumas delas vão se tornar clássicos. Que lições tiraram de 'No Line On The Horizon'?

Larry Mullen Jr. - Que não somos tão bons como às vezes pensamos. E que escrever canções é uma forma de arte ardilosa para nós e que por isso temos que arranjar uma maneira de compor melhores canções.

Adam Clayton - Lançamos aquele álbum antes de finalizar ele. Lá estão grandes canções. Mas quando ouço o disco hoje, noto que não finalizamos as canções devidamente.

Mas havia grandes canções em 'No Line On The Horizon'?

Larry Mullen Jr. - Não discordo de todas. Mas tratam-se de canções que vão ser tocadas ao vivo, que têm que apanhar o Zeitgeist [o espírito do tempo] e têm que fazer sentido. E não senti isso com o 'No Line On The Horizon'. Tínhamos que ser mais cuidadosos com a composição e a produção das canções até serem bem decifradas, foi por isso que tivemos agora que demorar tanto tempo para lançar este novo disco.

Bono - Não compartilho das preocupações do Larry com o 'No Line On The Horizon'. Gosto muito de música experimental, das não-canções. Mas o Larry tem sido desde o início o mais preocupado com as canções no sentido clássico do termo. Ele odiava o rock progressivo. Lembro-me de lhe mostrar jazz progressivo e dele ficar enojado e de querer rejeitar tudo aquilo. Todos nós fomos formados pela escola do punk, tratavam-se de grandes canções. Este álbum, queríamos que fosse de canções. 'Songs Of Innocence' é sobre canções.

De que trata este novo álbum?

The Edge - Representa um grande esforço para voltarmos aos nosso primórdios. Por isso, é um disco muito pessoal que reflete as origens da banda como indivíduos e como músicos: como nos juntamos, como fomos influenciados pela música do final dos anos 70 que vivia a era do punk. É quase um álbum autobiográfico e talvez o mais revelador de todos à nível das letras. Apesar disso, evitamos a nostalgia e o sentimentalismo. Estou muito orgulhoso da maneira como o álbum saiu. Para um álbum que é quase conceitual, nos preocupamos se as canções iriam ter um apelo universal. Canções como "Every Breaking Wave" e "Song for Someone" são clássicos que poderiam vingar em qualquer outro álbum nosso.

Qual das novas canções acham que vão se tornar um clássico?

Adam Clayton - "Every Breaking Wave", "Song for Someone", "Volcano", penso que vamos tocar essas durante muito tempo. "Cedarwood Road" também tem firmeza para se estabelecer.

Vão estar em turnê?

Adam Clayton - Sim, mas como a faremos, ainda não sabemos. As canções são como os nossos pais: nos dizem o que devemos fazer, como devemos nos comportar, a que horas devemos voltar para casa e o que devemos vestir. Estamos ouvindo o que estas canções e o que as turnês nos dizem para fazermos. Há canções sem teto como "Where the Streets Have No Name". Algumas das novas canções não têm apenas tetos, como são autênticos quartos. Estamos tentando tocar em espaços fechados, mas eventualmente vamos tocar em espaços ao ar livre.
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