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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Segredos Revelados: "Ordinary Love", o vídeo-lírico


A arte final da capa do single de "Ordinary Love" do U2, apresenta um quadro impressionante de Nelson Mandela pintado pelo artista irlandês e ilustrador Oliver Jeffers.
"A coisa com o U2 se juntou por acaso", ele diz. A mulher do Bono costumava ler livros de Jeffers para seus filhos, e um dia ele e Bono se encontraram para uma bebida. "E uma coisa levou à outra. É assim que trabalho. Nada é realmente planejado – é orgânico".
Oliver revela: "O U2 me pediu uma pintura de Nelson Mandela, para o lançamento de um vinil da canção "Ordinary Love" em tributo è ele."

A faixa foi escrita especificamente pela banda para a cinebiografia Mandela: Long Walk To Freedom, refletindo sobre a persona digna de Mandela e suas dificuldades depois de sobreviver à 27 anos de confinamento na prisão na África do Sul.
Além da capa do vinil, Jeffers trabalhou com o diretor Mac Premo em um vídeo-lírico para a canção, filmado no The Invisible Dog Art Center em Boerum Hill, Brooklyn, Nova York.
O vídeo começa sobre um amanhecer no The Invisible Dog, enfocando várias texturas e cores na estrutura antiga de 100 anos do centro de arte, antes de se espalhar em uma infinidade de superfícies: giz, tinta e pinturas fluindo através de paredes, plástico, papel, madeira, corpos humanos, calçadas, elevadores e muito mais.
O inventivo promo foi concebido inicialmente como um projeto baseado em efeitos antes de eventualmente se tornar um projeto artístico, de câmera. "Embora primeiramente visamos criar um videoclipe em computação gráfica, mantivemos uma conversa e decidimos criar tudo isso utilizando uma câmera", revela Premo, sobre os efeitos de mão artística feitos no videoclipe.
Jeffers diz que esta mudança tornou um material mais natural, emocional e adequado com o U2: "Nós finalmente tomamos a decisão de mudar a direção e consequentemente alteramos o cronograma de filmagem para acomodar", diz ele. "Mas ao fazê-lo, descobrimos a alegria de encontrar tantas soluções de animação na câmera."
"Acho que o processo nos levou a explorar muitas mais opções de locações", continua a Premo. "Tratamos o trabalho como uma comissão artística em vez de depender de storyboards. Nós só fomos para ele – e foi libertador para ambos artisticamente."
A dupla utilizou uma abordagem chamada de 'run and gun (correr e filmar)', registrando imagens ao vivo e elementos de stop motion. Todo o material foi filmado em 24fps, enquanto a animação foi capturada em quadros individuais.
O tema da impermanência é sentido em todo o clipe com as palavras que desvanecem-se e degradam, ilustrando as letras de Bono em uma maneira nova e vital. "Nós não fomos para metáforas óbvias", explica Premo em combinar o tema da canção. "A ideia das coisas desaparecendo, funciona de forma grandiosa na faixa – e não é necessariamente uma canção feliz, mas uma sincera homenagem a Mandela que não engrandece sua vida de forma alguma."
Uma vez que o vídeo estava amarrado, o U2 contactou Jeffers para perguntar se a imagem de Mandela também poderia ser incluída no vídeo. Percebendo a sua importância, Jeffers concordou, colaborando com Premo mais uma vez para pintar o retrato de Mandela em um dia extra de filmagens para acomodar a solicitação da banda.
"A banda queria se referir a Mandela diretamente, porque obviamente, a canção é dedicada a ele", diz Jeffers na adição do retrato de Mandela. "Nós tivemos que pensar rápido para inventar o conceito que você vê no vídeo."
Jeffers está se referindo a um belo retrato de Mandela que ele pintou, visto em seqüências time-lapse realizadas por Premo ao longo do dia adicional. "Muito do trabalho de arte que faço é retrato, portanto eu pintei Mandela muito rapidamente para incluí-lo", ele continua. "Nós levantamos de madrugada e fotografamos a pintura em vários estágios de conclusão para encaixá-la para a estrutura da peça."



Para transmitir os espíritos de ascensão e quedas da vida de Mandela, a dupla também utilizou um velho elevador de carga e a gaiola dentro do The Invisible Dog. "Nós usamos para mover para cima durante certas partes da letra e para baixo com outras, para dar uma sensação do que vocês estão ouvindo", acrescenta Jeffers.
Uma ligação direta para a cinebiografia de Mandela é uma cena onde uma carta é aberta – mas censurada com a maioria de sua escrita apagada: "Há um momento no filme onde Mandela recebe uma carta na prisão de sua esposa", observa Premo. "Ele a abre e não há nada – tudo foi omitido pelas autoridades. Isso definitivamente se conecta com esta cena muito forte no filme."
Ann Lupo também assistiu o conteúdo, editando o material e adicionando sua própria rotação criativa em momentos-chave no videoclipe. "Ela tomou uma direção fenomenalmente boa e ajudou a melhorar a peça", explica Premo. "Ela entrou a bordo, com toda a equipe, estava apertada com o cronograma e continuou inovando em todo o processo."
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