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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Adam Clayton faz revelações sobre o material que o U2 gravou com o produtor Rick Rubin e também sobre 'Songs Of Ascent'


Nas comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton participou via Skype de uma entrevista com o DJ Dave Fanning. Ao comentar que a banda teve uma notável carreira nestes 40 anos, Fanning pergunta o que acontecerá daqui pra frente. Ele lembra que na época de 'No Line On The Horizon', a banda supostamente gravou um disco inteiro com produtor Rick Rubin, e as canções jamais viram a luz do dia.

Adam então revela: "Eu acho que aquele material ainda existe, mas eu não acho que ele não sobreviveria naquela forma. Seria muito bom voltar nele e aproveitar algumas partes que queremos. Mas eu acho que se tivéssemos de fazer qualquer coisa com aquelas gravações, teríamos que iniciar novamente do zero."

Adam então comentou sobre outro projeto do U2 que foi engavetado na mesma época:

"Você sabe, 'Songs Of Ascent' também está em nosso planos e nós iremos voltar a trabalhar nele em algum momento, e sentimos que ele será o fim de um ciclo para nós. Este álbum representará para nós algum tipo de mudança, estaremos trabalhando com o mesmo nível de intensidade. O nosso futuro está em aberto."

Sobre a continuação da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE, Fanning pergunta se eles estarão mostrando em 2017 o mesmo espetáculo que muitas pessoas viram, e que muitas não viram em 2015. Adam respondeu:

"Nós voltaremos com aquele show, iremos adicionar novas canções de 'Songs Of Experience', tocaremos em mais cidades, para outras pessoas."

Fanning brinca sobre o tempo que o U2 leva de uma gravação para a outra, e cita a maior delas, que foi de 5 anos e 5 meses. Adam comenta:

"É um longo tempo entre os registros, mas é apenas o que acontece entre a gente, e nós sempre entramos nas gravações com a melhor das intenções, de finalizá-los rapidamente, mas isso parece não acontecer, e está havendo esta demora entre um lançamento e outro."

Adam finaliza a entrevista dizendo: "Muito obrigado, é muito bom completar 40 anos de carreira, e obrigado por cuidarem tão bem deste dia."

Adam Clayton fala sobre as tensões nas gravações de 'Achtung Baby'


Nas comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton participou via Skype de uma entrevista com o DJ Dave Fanning. Lembrando 'Achtung Baby', Fanning diz que os conflitos naqueles dias, as tensões nas gravações em Berlim, fez a banda se unir ainda mais, e lançar um disco que é o preferido de muitos fãs. Adam comentou:

"É um grande álbum, realmente, e provavelmente o meu disco preferido neste ponto, e vocês sabem que todas essas coisas são centradas em torno das pessoas, e de não serem capazes de articular o que elas realmente desejam, e em 'Achtung Baby' nenhum de nós sabia como seria ou como iria soar, e isto levou à um momento de atrito e nos puxando para direções diferentes. E do modo que aconteceu e como terminou, realmente se tornou um grande disco e há algumas canções fantásticas lá."

Tentando arrancar alguma informação sobre o lançamento de 'Songs Of Experience', Dave Fanning comenta: "Haverá canções fantásticas no próximo álbum?" Adam sorri e se esquiva:

"Se haverá canções fantásticas lá, será algo que vocês terão que decidir lá na frente."

As mensagens contidas nos Dólares-Trump no show do U2 no iHeartRadio Music Festival 2016 em Las Vegas


T-Mobile Arena em Las Vegas, iHeartRadio Music Festival 2016. O U2 abriu sua apresentação com uma versão em chamas do "Desire".


No meio da música, confetes caem sobre um público satisfeito e energizado.
Enquanto Bono cantava a linha modificada "pelo amor ao dinheiro, dinheiro, dinheiro" e gritava "Las Vegas, você está pronta para apostar?" em sincronia com trechos de vídeo do anúncio apocalíptico de Donald Trump que "O sonho americano está morto", Dólares-Trump choveram do alto.
Nos moldes da grandiosa Zoo TV, aqueles Dólares-Trump foram carregados com pequenos aforismos. Alguns eram afirmações, alguns eram avisos. Aqui estão as mensagens que as notas continham:

FRENTE DA NOTA:

MAKE AMERICA HATE AGAIN (Faça a América Odiar Novamente)

IN DOLLAR WE TRUST (No Dólar Nós Acreditamos)

THE DIS-UNITED STATES OF AMERICA (Os Estados Des-Unidos da América)

BILLIONS AND BILLIONS OF DOLLARS (Bilhões e Bilhões de Dólares)

10000000000

NON FEDERAL RESERVE NOTE (Não é Uma Nota da Reserva Federal)

SERIES 2016

MONEY, MONEY, I WANT MORE MONEY (Dinheiro, Dinheiro, Eu Quero Mais Dinheiro)

IHR 09232016

12

VERSO DA NOTA:

THE UNITED STATES OF AMERICA (Estados Unidos Da América)

THE PROMISED LAND BELONGS THE THOSE WHO NEED IT MOST (A Terra Prometida Pertence À Aqueles Que Mais Necessitam)

IF WE EVER FORGET THAT WE ARE ONE NATION UNDER GOD THEN WE WILL BE A NATION GONE UNDER –RONALD REAGAN (Se nós esquecermos que somos uma nação abaixo de Deus seremos uma nação indo abaixo)

1 BUT NOT THE SAME (Um, mas não o mesmo)

AMERICA’S NOT JUST A COUNTRY, IT’S AN IDEA (A América não é apenas um país, é uma ideia)

THIS LAND IS YOUR LAND (Esta Terra é sua Terra)

THIS LAND IS MY LAND (Esta Terra é minha Terra)

MY DREAM IS OF A PLACE AND A TIME WHERE AMERICA WILL ONCE AGAIN BE SEEN AS THE LAST BEST HOPE OF EARTH (Abraham Lincoln) (Meu sonho é de um lugar e um tempo onde a América seja vista como a última e melhor esperança da Terra)

AMERICA HAS NEVER BEEN UNITED BY BLOOD OR BIRTH OR SOIL. WE ARE BOUND BY IDEALS (George W. Bush, Inaugural address, 2001) (A América nunca foi unida por laços de sangue ou de nascimento ou de solo. Estamos ligados por ideais)

OTHERS MAY HATE YOU, BUT THOSE WHO HATE YOU DON’T WIN UNLESS YOU HATE THEM (Richard Nixon’s final speech, August 9, 1974) (Outros os podem odiar, mas os que o odeiam não vencem a menos que você os odeie)

THINK ABOUT EVERY PROBLEM, EVERY CHALLENGE, WE FACE. THE SOLUTION TO EACH STARTS WITH EDUCATION (George W. Bush, April 18, 2001) (Pense em todos os problemas, todos os desafios que enfrentamos. A solução para cada um começa com a educação)

EVERY GUN THAT IS MADE, EVERY WARSHIP LAUNCHED, EVERY ROCKET FIRED SIGNIFIES, IN THE FINAL SENSE, A THEFT FROM THOSE WHO HUNGER AND ARE NOT FED, THOSE WHO ARE COLD AND ARE NOT CLOTHED (Dwight D. Eisenhower, Change for Peace speech, April 16, 1953) (Cada arma produzida, cada navio de guerra colocado no mar, cada foguete disparado, significam, ao final um roubo daqueles que têm fome e não conseguem comida, daqueles que têm frio e não encontram uma roupa)

NOBODY WILL EVER DEPRIVE THE AMERICAN PEOPLE OF THE RIGHT TO VOTE EXCEPT THE AMERICAN PEOPLE THEMSELVES—AND THE ONLY WAY THEY COULD DO THAT IS BY NOT VOTING (Franklin D. Roosevelt, Radio address from the White House, October 5, 1944) (Ninguém jamais poderá privar o direito de voto do povo americano, exceto o próprio povo americano, e a única maneira deles fazerem isso é não votando)

MONEY IS NOT THE ONLY ANSWER BUT IT MAKES DIFFERENCE (Barack Obama) (O dinheiro não é a única resposta, mas ele faz a diferença)

I WOULD RATHER BELONG TO A POOR NATION THAT WAS FREE THAN TO A RICH NATION THAT HAD CEASED TO BE IN LOVE WITH LIBERTY (Woodrow Wilson, October 27, 1913) (Eu preferia pertencer a uma nação pobre que estivesse livre do que para uma nação rica que tinha deixado de ser apaixonada por liberdade)

A PRESIDENT’S HARDEST TASK IS NOT TO DO WHAT IS RIGHT, BUT TO KNOW WHAT IS RIGHT (Lyndon B. Johnson, State of the Union address, January 4, 1965) (A tarefa mais difícil do presidente não é fazer o que é certo, mas saber o que é certo)

WE ARE THE CHANGE THAT WE SEEK (Barack Obama, February 5, 2008) (Nós somos a mudança que buscamos)

THE ONLY THING WE HAVE TO FEAR IS FEAR ITSELF (Franklin D. Roosevelt, first inaugural address, March 4, 1933) (A única coisa que devemos temer é o próprio medo)




@ U2 Blog - Tim Nefeuld

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Adam Clayton relembra 25 De Setembro de 1976


Nas comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton participou via Skype de uma entrevista com o DJ Dave Fanning. A pergunta que não poderia faltar: se Adam se lembra daquele momento histórico na cozinha da Larry Mullen , há 40 anos em 25 de Setembro de 1976, que reuniu os 4 integrantes do U2 pela primeira vez. Fanning brinca dizendo que a única razão de Adam ter entrado na banda, era porque ele tinha um baixo! Adam diz:

"Eu me lembro sim, e acho que meu baixo era laranja. Era uma cozinha muito agradável que fica nos subúrbios, e nós estávamos pensando, você sabe, em fazer um show, talvez conseguir lançar um single em algum estágio, mas não estávamos pensando 40 anos na frente. Estava Edge e seu irmão Dick, Bono e seu amigo Reggie Manuel, e Peter Martin, outro cara da escola, e eram apenas garotos se juntando para ver se conseguiam fazer algo juntos, e dali saiu os 4 membros do U2. Era o que queríamos fazer, nós fomos para isso."

Fanning continuou, dizendo que eles então foram tocar no colégio, juntando as mesas com fitas adesivas, e deram tudo de si tocando covers do Beach Boys, "Bye Bye Baby" do Bay City Roller, Rolling Stones. Ele pergunta qual era a importância destas canções para a banda. Adam respondeu:

"Acho que o importante mesmo era conseguirmos tocar estas canções até o final. Eram canções fáceis de se tocar..... bem, fáceis de se tocar para outras pessoas, mas não tanto para nós."

Sobre a banda estar junta por 40 anos, Adam diz:

"Não é sobre sermos os melhores músicos. É sobre a igualdade de ideias e como você as coloca através do rock n roll."

Adam Clayton explica o motivo pelo qual a turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE do U2 não deverá ter shows em estádios


Nas comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton participou via Skype de uma entrevista com o DJ Dave Fanning.

Fanning perguntou se a decisão da banda em voltar a tocar em locais pequenos na iNNOCENCE + eXPERIENCE, fechados, foi satisfatória e se ele gostou desta experiência, já que a banda foi recebida sempre por um público em êxtase, e em parte diferente do que acontece em um show de estádio. Adam respondeu:

"Eu penso que os locais ideais sempre são as arenas, sabe, acima de 20000 pessoas sempre parece muita gente.  Em arenas você têm aquela sensação de intimidade. Quando você entra em estádios é uma experiência diferente, e tivemos grandes shows em estádios como as turnês ZOOTV, Popmart, 360°, mas é uma experiência diferente, mais espetáculo envolvido, e acho que estes shows indoor é muito mais sobre uma experiência musical, há uma comunhão com o público, e no final do dia nós realmente gostaríamos de ser a razão das pessoas se transformarem em grandes multidões, se juntando uns aos outros para celebrar a música."

Então Dave Fanning pergunta se estes shows em arenas fechadas, irão para locais abertos. E Adam revela:

"Neste momento, é difícil prever algo, pelo menos até o disco ser lançado. Veremos como as canções serão recebidas pelo público, mas meu instinto é que não haverá shows em locais abertos. Eu acho que a intensidade da experiência é na verdade a forma como foi projetado o show, e eu penso que a turnê continuará sendo apenas em locais fechados."

Adam Clayton revela que o U2 planejou tocar canções inéditas no iHeartRadio Music Festival 2016


Nas comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton participou via Skype de uma entrevista com o DJ Dave Fanning. O baixista falou sobre o show do U2 no iHeartRadio Music Festival 2016 e revela que a banda pensou em apresentar algumas canções novas, mas não estavam preparados:

"Foi maravilhoso estar de volta e ficar frente à uma platéia, porque Vegas é como uma casa espiritual, é como uma cidade futurista, e foi divertido. Sobre não tocarmos canções novas, nós realmente não estávamos preparados para mostrar estas canções, e originalmente nós pensamos tocar algumas canções novas, mas nós percebemos que entre o agora e quando o disco for lançado, o que deve acontecer em algum momento no próximo ano, aquele era o momento errado para fazer isto."

Fanning falou que uma das coisas emblemáticas da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE foi a temática do álbum 'Songs Of Innocence', sobre crescer em Dublin, de modo que as canções foram muito bem aceitas pelo público, de modo que algumas delas tiveram mais impacto com o público, do que conhecidos hits. Adam então disse:

"Eu acho realmente que essas músicas tocaram o público, e em parte, foi porque elas ressoam a nossa história, mas também a história de todo mundo, e os shows da turnê tinham um poder real, porque eles se conectam para trás com a história de todos, e você pode sentir isso, o foco, a concentração, de modo que as canções de 'Songs Of Experience' irão conectar as pessoas da mesma maneira, mas espero que de uma maneira muito mais leve, e eu penso que realmente onde nós estamos tentando chegar com estas novas canções, é mostrar que de onde viemos, era um lugar difícil, sombrio, mas em comparação de onde estivemos e onde estamos agora, é um lugar muito mais leve e muito mais agradável de se estar. Será a consolidação de todos os anos de nossa carreira"

Ex-colega dos tempos de escola lembra com carinho do U2 antes da fama


Eles são um grande exemplo de trabalho duro, perseverança, talento, amor, fé e vulnerabilidade, crença e energia. Icônicos hinos em canções de inocência e atos de insolência. Algo para fazer seu coração irlandês bater com orgulho. Com mais orgulho ainda se você dividiu um corredor da escola com eles.
Eles fizeram você querer voar com o verde, branco e laranja da Irlanda, e com o preto e azul da escola Mount Temple. Você iria vê-los depois da escola quando todo mundo estava indo para casa ou lá fora para fumar um cigarro escondido, ou dar um amasso não tão escondido. Lá estava o Sr. Moxham para abrir para eles alguma sala para que eles pudessem tocar suas canções. Eles acreditavam. Eu os amo por isso.
Era uma época que você brincava de associação de palavras com qualquer pessoa do mundo e dizer "Irlanda" provavelmente faria eles dizerem "terrorista". Era uma época quando a maioria das famílias estavam enviando pelo menos um refugiado para um país estrangeiro com um coração cheio de esperança e uma caixa cheia de memórias e fatias finas de carne.
Quando você entrava pela porta principal do colégio, através das paredes de bloco frio, você podia ouví-los... em algum lugar alguém iria começar a cantar 'I Want You To Show Me The Way' e em algum lugar profundo na alma, todos nós naquela escola sabíamos que aqueles quatro um dia iriam encontrar seu caminho.
Eu também assisti uma das primeiras performances. Não tenho certeza se foi o seu primeiro concerto, mas foi um deles. Um show de talentos da escola. Eles eram impressionantes, eles estavam firmes, eles fizeram aquela música do Bay City Rollers soar mais rock n roll.
Também lembro do dia que vi o anúncio no quadro de avisos. Eu estava trabalhando, mas corri para verificar o quadro de avisos.
Mr. Hughes tinha colocado a equipe júnior de hóquei para uma partida fora, o que significava metade do dia em uma viagem de ônibus e como era um jogo contra outra escola, significava que haveriam meninas também. Sentado em um banco no canto lendo a NME estava um sujeito do meu ano, chamado Larry.
Ele era um cara bonito e legal. Ele estava sentado ali como um pescador que tinha apenas lançando sua isca. A atração daquele dia foi a nota intrigante dizendo algo como 'baterista procura músicos para formar uma banda'. Nós não tivemos tempo para conversar sobre isso, pois estávamos de olho na lista da equipe do jogo. Morris -Fyffe -Magowan -McNulty-Carley. Sim, eu estava no time!

Eu vi o aviso no quadro da Mount Temple. Isso eu me lembro. Larry conseguiu seus músicos. Adam e Paul (o que daria um bom filme) e David se juntou a ele em uma odisseia que iria levá-los até príncipes e presidentes. Uma odisseia onde eles trilhariam lugares bem maiores que nossa escola, e eu veria muitas vezes as fotos deles na capa da NME.
Sim, eu vi o aviso. Larry ainda toca na banda. No entanto, parou de jogar hóquei em junho de 1979.

Mundo engraçado

Robert Carley frequentou a escola Mount Temple entre 1975 e 1979. Ele conheceu sua esposa Jean na escola, mas infelizmente ela faleceu subitamente em 2011. Ele organizou uma Ted Talk este ano na saúde mental, intitulado You're Lovely, Lovable and You're Loved.

Do site: Irish Independent

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Em homenagem ao U2, Pet Shop Boys colocou no palco dançarinos vestidos como personagem de Bono na ZOOTV


O duo Pet Shop Boys regravou em 1991, uma versão eletrônica para "Where The Streets Have No Name" do U2, inserindo nesta versão um trecho da canção "Can't Take My Eyes Off You", single de Frankie Valli.
Algumas das performances da canção "Where The Streets Have No Name" na turnê Zoo TV tinham um arranjo mais dance eletrônico que tinha uma semelhança com a gravação synthpop do Pet Shop Boys para a música.

O colaborador do blog e fã do U2, Márcio Fernando, notou algo muito interessante em uma performance do Pet Shop Boys em um show no México, lançado em DVD. Ao executarem o cover do U2, vemos no palco desde o primeiro segundo, um dançarino (depois mais outros dois) com roupas douradas, chapéus e botas, uma referência ao figurino utilizado por Bono na ZOOTV em 1992 com o personagem Mirrorball Man.


Pode ter sido apenas uma enorme coincidência, mas parece mesmo ter sido mais uma homenagem do Pet Shop Boys ao U2!

O fanzine espanhol BANDERA BLANCA, dedicado ao U2


Conheça as capas de algumas edições do fanzine espanhol BANDERA BLANCA, dedicado ao U2, lançado na década de 80!




Fotógrafo conta como Bono o convidou para uma bebida de Natal em Dublin


Quando comecei a tirar fotos como uma forma de passatempo, em 1990, eu mal sabia o caminho que ia me levar. Eu tive muita sorte ao longo dos anos em trabalhar com a Northside People e isso tem me oferecido oportunidades que muitos só poderiam sonhar.
Como um adolescente crescendo em Finglas, eu era louco pelo U2. Eu os vi no Croke Park, em 1985, e novamente em 1987 onde ainda me lembro da tortura de estar na primeira fila e ser esmagado contra a barreira em frente ao palco. Eu vi a movimentação louca dos fotógrafos da imprensa quando o U2 subiu no palco e imaginei como seria legal estar em sua posição.
A primeira vez que tenho que eu fotografei Bono foi no National Entertainment Awards em 1994. Eu estava lá para tirar fotos de Brendan O'Carroll que eu tinha registrado regularmente ao longo dos meses anteriores. Eu disse à Brendan que deveríamos tentar reunir ele e Bono para uma foto. Tão logo surgiu a oportunidade, Brendan convidou Bono para acompanhá-lo em uma foto e tive a imagem que eu queria.
Ao longo dos anos seguintes... tenho fotografado concertos do U2 para a Northside People cada vez que eles tocam em Dublin. Lembro-me claramente de estar em pé na área reservada em frente ao palco no concerto da Popmart em Lansdowne Road, olhando para os fãs na fila da frente e lembrando daquele dia no Croke Park, uma década antes.

Em 2003 comecei a tirar fotos de celebridades. O boom estava em pleno andamento, e os ricos e famosos eram regularmente vistos ao redor de Dublin, muitas vezes na companhia de Bono. Esse ano eu havia fotografado Bill Clinton, Victoria Beckham, Arnold Schwarzenegger e uma noite no Hotel Clarence, Bono e Robert De Niro. Eu tinha fotografado Bono em uma base regular, mas sempre ele pára para eu fazer uma foto.
Pouco antes do Natal, naquele mesmo ano, eu estava do lado de fora do Clarence. O U2 era esperado para uma festa que estava ocorrendo. Bono chegou e entrou no local. Em seguida, ele saiu novamente e segurou a porta aberta para mim e para os outros dois fotógrafos que estavam ali. Ele nos convidou para uma bebida de Natal. Como um não-bebedor, tive que recusar sua oferta de champanhe, mas ele se sentou com a gente por 30 minutos para conversar. Havia algo que eu nunca havia feito, então fiz, pois eu não poderia perder a chance de uma foto com ele.
Em 2011, eu e uma amiga - uma companheira nativa de Finglas, Samantha Libreri, decidimos fazer um livro sobre nossa cidade natal. Queríamos mostrar o lado bom de Finglas e compilamos uma lista de nomes de pessoas que nós iríamos entrevistar e fotografar, perguntando à eles sobre sua vida e o que significava ser daquela área. Tivemos uma longa lista e entre os nomes estava o de Bono. Fizemos uma solicitação através da empresa de gestão do U2 e foi aceito.
Enquanto eu trabalhava no 50º aniversário do Late Late Show, encontrei Bono em seu camarim na RTÉ e o fotografei para o livro. Era um local pequeno, mas tive que fazê-lo funcionar. Meu coração acelerou, agradeci e olhei pela sala para um local adequado. Sugeri ele sentar no sofá grande no meio da sala. Eu fiz algumas fotos e depois ele se deitou do outro lado do sofá e eu sabia que tinha a imagem que eu queria. Estive na sala por não mais que três minutos, mas ele estava ciente que eu procurava por uma boa foto e ele não decepcionou.
Mais recentemente, fotografei a turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE do U2 na 3Arena em novembro passado. Se foi quase 30 anos desde a primeira vez que eu os vi, mas fiquei totalmente encantado em como eles conseguiram reinventar novamente a experiência de concerto ao vivo.
Depois de 26 anos em fotografia, vejo como é difícil permanecer relevante no que é um mundo em constante mudança de selfies. É a exatamente o mesmo para a música. Mas depois de 40 anos, o U2 ainda está aí mostrando como se faz.

Darren Kinsella

Do site: Dublin People

terça-feira, 27 de setembro de 2016

The Edge trabalhando em uma das versões iniciais da canção "Breathe" do U2


Em 2009, enquanto o U2 gravava o disco 'No Line On The Horizon', o site U2.COM publicou um vídeo de The Edge trabalhando em estúdio, em uma das canções para o álbum.

O colaborador e fã Márcio Fernando, disponibilizou este vídeo com material inédito, em seu canal no You Tube:



Márcio Fernando explica:

"The Edge aparece experimentando novas abordagens para a canção "Breathe". Ao fundo, ouvimos umas das primeiras versões da canção.
Em cima do playback instrumental, Edge está tentando fazer um som 'infinity' para a faixa (como o de "With Or Without You"), com o Ebow, um acessório para guitarra que possui um campo eletromagnético, fazendo as cordas vibrarem e soarem como um violino.
Provavelmente, este teste deu certo, e o produtor Brian Eno utilizou esta ideia, e substituiu isto pelo arranjo de cordas que ouvimos na versão final da canção que foi para o disco."

Márcio Fernando criou um vídeo para melhor entendimento sobre a parte exata onde Edge trabalhou o som de ebow na versão antiga de "Breathe", e como ficaria este mesmo pedaço na versão final da canção com o mix de Eno introduzindo o som de cordas! A junção dos áudios é algo sensacional:

Vídeo: U2 comemorando seus 40 anos de carreira


Um vídeo espetacular disponibilizado pelo U2 através de sua página no Facebook e Instagram, mostra a banda comemorando os 40 anos de carreira, neste final de semana, dia 25 de Setembro!
Provavelmente, a banda registrou o vídeo no camarim em Las Vegas, onde se apresentou no dia 23, no Iheart Radio Music Festival! O bolo personalizado com The Larry Mullen Band não poderia faltar! Foi o baterista quem colocou o anúncio no mural da escola, procurando músicos para formar uma banda, o que resultou em uma reunião na cozinha de sua casa em 25 de Setembro de 1976, e que resultou na formação do U2!

Chris Martin do Coldplay: "O que mais eu gosto do U2 é que a banda é mais importante que qualquer uma de suas músicas ou álbuns"


O relacionamento nos meios de comunicação entre o líder do Coldplay, Chris Martin, e Bono, do U2, começou sem querer - com esse desabafo do vocalista do U2 em 2009 em uma entrevista na BBC Radio 1 em que, em puro tom de brincadeira, qualificou Chris como "masturbador", e disse que ele tinha um caráter "cretino".
Assim, as relações pessoais entre os dois tornou-se mais próxima ano após ano. Tal é o carinho e respeito que Bono tem por Chris, que o convidou para o estúdio durante a gravação de 'Songs Of Innocence' em busca de seu conselho e sua colaboração. Chris Martin, por sua vez, é um fã declarado do U2 desde a sua adolescência e demonstrou isso em uma extensa nota que escreveu para a Rolling Stone no ano de 2004:

"Não compro passagens para ir para a Irlanda em um final de semana, e nem fico esperando por eles na porta de suas casas, mas U2 é a única banda cuja carreira inteira eu sei de cor. Sua primeira canção em 'The Unforgettable Fire', "A Sort Of Homecoming", conheço de trás pra frente, de frente pra trás - é tão comovente, brilhante e bonita. É uma das primeiras canções que eu coloquei para meu bebê antes do nascimento. O primeiro álbum do U2 que eu ouvi foi o 'Achtung Baby'. Era 1991 e eu tinha 14 anos de idade. Antes disso, eu nem sabia quais álbuns tinham. Desde então, fui atrás, e à cada seis meses, conseguia comprar um novo disco do U2. O som dos quais foram pioneiros - baixo e bateria crescendo no fundo, e estas faixas de guitarra etéreas e carregadas com efeitos que flutuavam por cima - era algo que nunca antes tinha ouvido. Talvez seja a única banda criadora de hinos que já existiu. Sem dúvida, é a melhor.
O que mais eu gosto do U2 é que a banda é mais importante que qualquer uma de suas músicas ou álbuns. Me encanta o fato deles serem os melhores amigos e terem um papel integral na vida um do outro como amigos. Me encanta a forma como eles não são substituíveis. Se Larry Mullen Jr quiser sair para mergulhar por uma semana, o resto da banda não pode fazer nada. O U2, como o Coldplay , mantém esse cuidado para que toda a banda apareça nos créditos de todas os músicas de seus discos. E eles são a única banda que se mantiveram por décadas sem trocar integrantes ou se separarem.
É surpreendente que a maior banda do mundo tem tanta integridade e paixão por sua música . Nossa sociedade está completamente ferrada, a fama é uma perda de tempo ridícula e a cultura das celebridades é nojenta. Há poucas pessoas suficientemente corajosas para protestar contra isso, e eles usam a sua fama em um bom caminho. E sempre que eu tento, eu me sinto como um idiota, porque eu vejo como Bono faz as coisas de verdade. Enquanto todos estão insultando George Bush, Bono é que vai para a frente e consegue dinheiro para a África. As pessoas podem ser muito cínicas - elas não gostam de pessoas que fazem o bem — mas a atitude de Bono é: não me importo com o que você pensa, eu vou dizer o que penso. Ele conseguiu tanto com o Greenpeace, em Sarajevo, no concerto para fechar a usina nuclear de Sellafield e ainda tem de lidar com todas aquelas pessoas. Quando chegou a hora de pensarmos como queríamos ser justos com o Coldplay, seguimos o exemplo para dizer o que pensamos, não importa o que os outros pensam. Isso é o que aprendemos com U2: você tem que ser corajoso o suficiente para ser você mesmo."

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Segredos Revelados: a origem da linha original que abriria "Sunday Bloody Sunday"


Em 1982, o U2 se retirou do St. Patrick’s Day Parade em Nova York, quando Bobby Sands, o líder do IRA, foi honrado como marechal honorário depois de morrer de fome na prisão após uma greve de fome iniciada por ele.
De repente, o U2 sentiu que não se encaixavam em um evento que colocou o terrorismo juntamente com as crenças cristãs. Para compensar aquela saída, o U2 decidiu manter a sua apresentação no New York Ritz.
Apesar disso, dizia-se que o U2 tinha perdido uma excelente oportunidade em ganhar publicidade na América do Norte.
'War' marcou um amadurecimento do U2, sendo mais direto na entrega de mensagens sobre guerras e conflitos, especialmente na canção "Sunday Bloody Sunday", que empregava um som pesado e afiado e letras claras muito diretas para transmitir sua mensagem sobre a violência na Irlanda do Norte - a tal ponto que foi rotulada como "uma canção de rebelde".
O U2 gastou um bom tempo de sua 'War Tour' tentando esclarecer esta falsa impressão.
E, ironicamente para Bono, esta canção foi escrita como uma reação contra a honra para Bobby Sands no desfile do St. Patrick’s Day.
The Edge avaliou que escreveram ela ingenuamente, sem considerar as conseqüências. Mas ele poderia ter causado uma reação mais grave se o guitarrista tivesse seguido o seu caminho. Invulgarmente ele concebeu a letra original, bem como a música. Ele começou escrevendo uma linha original da letra da canção, que teria Bono cantando: "Don't talk to me about the rights of the IRA" (Não fale para mim sobre os direitos do IRA).
Ele pode sorrir sobre isso agora: "minhas palavras foram bastante desajeitadas, uma polêmica. Bono modificou-a para ser muito menos política, mais de uma reflexão pessoal."
Bono explicou: "Quando Bobby Sands estava morrendo em sua greve de fome, o público americano estava praticamente jogando dinheiro no palco, eu queria escrever algo que não era uma canção rebelde, mas que dizia 'estamos de saco cheio disso'."

The Edge revela o motivo de "Sunday Bloody Sunday" não ter sido o primeiro single escolhido para o disco 'War' do U2


Em uma entrevista com a Revista GQ, The Edge recordou o nervosismo da primeira vez que eles tocaram a música ao vivo em Belfast.
Ele disse: "quando você está escrevendo uma música, ela não pode simplesmente ser uma boa ideia; tem que ser algo que é importante para você em um nível de intuição. Decidimos não lançá-la como o primeiro single de 'War', não porque não pensamos que era uma grande melodia, mas porque seria constrangedor para ela se tornar um objeto comercial a ser explorado. A primeira vez que tocamos ao vivo, nós estávamos na Irlanda do Norte e sem comunicar para o resto de nós, Bono foi e disse:'Temos uma canção sobre o que está acontecendo aqui. Se vocês não gostarem, nuca mais a tocaremos novamente. Nunca mais.' Pensei: 'Oh droga. Oh droga'. Então, Bono disse: 'Essa música é chamada Sunday Bloody Sunday', e as pessoas enlouqueceram. Duas ou três pessoas foram embora, apenas porque pensaram que pelo título, era um hino nacionalista. Mas claro, é exatamente o contrário – é um hino pacifista."

Adam Clayton revela que o U2 planeja fechar trilogia de discos com 'Songs Of Ascent'


Nas comemorações dos 40 anos do U2, Adam Clayton participou via Skype de uma entrevista com o DJ Dave Fanning, e fez algumas revelações importantes:

- Iniciado com 'Songs Of Innocence', e com o lançamento  de 'Songs Of Experience' previsto para 2017, o U2 planeja mesmo fechar a trilogia de discos com 'Songs Of Ascent' (inicialmente pensado para ser lançado em 2011, mas que a banda acabou deixando de lado).

- A turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE provavelmente continuará acontecendo como foi planejada: em arenas indoor. Adam não consegue ver esta turnê sendo apresentada ao ar livre.

- Novas canções farão parte dos setlists à partir de 2017.

domingo, 25 de setembro de 2016

U2 tocou pela primeira vez juntos há exatos 40 anos atrás


Por Neil McCormick - The Telegraph

"A sorte foi que na cozinha há 40 anos, Bono se reuniu com The Edge"

"Há um enorme contraste entre os dois, mas suas características são muito complementares, são o coração do U2."


"Outros poderiam ter feito parte do U2,com a banda tendo eles dois."


"Mas os dois que estavam lá, Larry e Adam, eram exatamente a combinação certa de talento e personalidade para completar esta unidade."


"Eu sabia que eles estavam procurando por uma química, e quando a soma das partes se reuniram foi ótimo, emocionalmente, espiritualmente, em todos os sentidos."

"Quando isso acontece, como quando Ringo se juntou aos Beatles, é um acidente mágico, uma grande banda é algo milagroso."


"Com o U2, que veio da escola, sua fé os protegia de todos os tipos de coisas que puxam para baixo as bandas em seus primeiros dias, sexo e drogas, basicamente."

"Bono disse em muitas ocasiões: 'Nós vamos ser a maior banda do mundo.'"

"Essa foi uma declaração de intenções e eles fizeram o que tinham que fazer para alcançar isso."

"Eles tinham forte tendência fundamentalista e foram ligados entre si com uma série de tragédias familiares."

"Quando você combina isso com o desejo de alcançar o topo no negócio da música, você se sente como se Deus estivesse do seu lado."

40 anos atrás, em um sábado, 25 de setembro de 1976, uma das bandas de rock mais populares e influentes, mais amada e odiada da era moderna, se juntava pela primeira vez.
Foi em uma cozinha de uma casa geminada em Artane, que um grupo de jovens adolescentes da Mount Temple Comprehensive School em Dublin se reuniram para discutirem a formação de uma banda. Mal havia espaço para caber a bateria, com cinco guitarristas se amontoando entre a geladeira e uma cesta de pães. Uma jam session caótica envolvendo interpretações de hits do Rolling Stones como "Brown Sugar" e "Satisfaction", sem nenhum consenso sobre as sequências corretas de acordes.
Um guitarrista com ambições, foi forçado ao papel de cantor, porque ele realmente tinha esquecido de trazer uma guitarra. Outro jovem guitarrista estabeleceu sua posição como um instrumentista líder, porque ele havia dominado o solo de "Blister On The Moon" de Rory Gallagher. O baixista não sabia tocar, mas tinha o melhor cabelo e, fundamentalmente, era o dono de um baixo e um amplificador. O baterista estava definitivamente dentro porque ali era a cozinha de sua família. E assim, ali, nascia o U2.
Neste final de semana, os fãs em todo o mundo estão celebrando o 40º aniversário do super grupo irlandês. A razão que a data é conhecida atualmente é porque o meu irmão, Ivan, estava presente e escreveu em seu diário. "Eu estou assistindo TV. Entrei para um grupo pop com uns amigos. Nós tivemos um ensaio. Ótimo." Infelizmente, não foi registrado para a posteridade exatamente o que estava passando na televisão.
A maioria das bandas têm tais começos desfavoráveis. O que é verdadeiramente notável no nascimento do U2 é que a banda que ganha vários milhões hoje e lota estádios pelo mundo é exatamente o mesmo núcleo que se reuniu naquela cozinha há quatro décadas: o vocalista Paul Hewson (Bono), o guitarrista Dave Evans (The Edge), o baixista Adam Clayton e o baterista Larry Mullen Jr. (que foi quem começou isto colocando no quadro de avisos da escola uma nota procurando músicos para formar uma banda). Houve duas perdas rápidas. Meu irmão, o mais novo dali com 13 anos, durou apenas alguns ensaios. Outro guitarrista, Dick Evans (irmão do Edge, com 18 anos, era um pouco maior do que o resto), era um membro em tempo parcial, mas saiu assim que a banda estabeleceu sua identidade. A formação definitiva fez sua estréia em um show de talentos no ginásio da escola em 1976, e eram estes mesmos que você ainda vê hoje nos maiores palcos do mundo.
Eu nunca vou esquecer aquele show, porque era a primeira vez que via uma banda de rock elétrico ao vivo. Eles tocaram em cima de quatro mesas unidas por fitas adesivas,iniciando o curto set com uma versão de "Show Me The Way" de Peter Frampton. A bateria e o baixo tinham tanta força no som que parecia que as mesas estavam se separando. Acordes de guitarra ressoavam, ecoando no chão de madeira. Quando Bono cantou o refrão, ele pegou o microfone e segurou-a no ar, batendo forte seus pés enquanto gritava "I want you … show me the way!" As meninas na frente do palco começaram a gritar. Na realidade, suponho que não havia nada que teria feito um observador experiente pensar que ele estava testemunhando um momento na história do rock. O resto do set consistia em um medley de Beach Boys e "Bye Bye Baby", do The Bay City Rollers, que foi tocada duas vezes, pela demanda popular. Este concerto mudou a vida de muitas pessoas, incluindo a minha.
Eu era amigo do U2 na escola, e eu ainda sou amigo hoje em dia. Mesmo depois de todos esses anos, as minhas memórias e sentimentos mais intensos pelo U2 estão inevitavelmente ligados com essa experiência primal: a transformação. Tive o privilégio de vê-los se tornar uma grande banda de rock nas discotecas, bares, clubes e salões de igreja nos arredores de Dublin. Eu fico sempre encantado com os progressos que fizeram em seu caminho para serem homenageados como uma das maiores bandas de todos os tempos, criticados por alguns por sua grande ambição e grandes gestos na música.
Uma das perguntas para um aniversário como este é se seu futuro era inerente a essa primeira reunião, ou se alguém poderia ter previsto isto. A resposta deve ser não ... ou talvez. Teria sido absurdo contemplar seriamente a conquista do mundo a partir de Dublin nos anos 70, e os adolescentes, eram um absurdo. Éramos todos um bando de sonhadores obcecados pelo rock and roll. Lembro-me das conversas no colégio com Bono sobre como fazer um disco para bater Sgt. Peppers dos Beatles, e isso nunca foi uma falta de ambição. Eles se tornaram muito rapidamente uma banda extraordinariamente poderosa e original, sempre em mudanças, como começar com o nome Feedback, mudar para The Hype, antes de decidirem pelo épico U2, revelado em um concerto no salão da igreja da minha vila em março de 1978.
O dinamismo de Bono como um líder foi imediatamente aparente, e honestamente, era uma estrela no corredor da escola, antes mesmo de subir ao palco, tão sociável, curioso, carismático e apaixonado como é agora. A genialidade de The Edge como músico levou um pouco mais de tempo para brilhar, mas em 1978 já estava ligada, utilizando uma unidade de eco primitiva, o Memory Man, para conjurar enormes paredes de som. Aqueles dois poderiam ter sido uma parceria produtiva seja com quem estivesse na banda com eles, mas os dois são acoplados de forma arbitrária, como resultado de terem exatamente as habilidades e personalidades certas para equilibrar a dinâmica. Larry Mullen Jr. é um baterista idiossincrático e poderoso, estóico, o mais leal e silencioso que é possível encontrar, aderindo a um forte código interno. Bono gosta de chamá-lo de "os freios do U2", sob a condição de que "quando o foguete está saindo descontroladamente do curso, você é muito agradecido por ter freios."
O baixista Adam Clayton é um elemento mais independente, tanto tocando, como no seu estilo pessoal. É um dos cavalheiros mais naturais, com uma maneira fácil de lidar com as coisas e um instinto para a resolução de conflitos que ajuda e torna possível a funcionalidade de um pequeno grupo de indivíduos. Mas, também, ele era o cara mais rock and roll que qualquer um de nós já conheceu, aparecendo em seu primeiro dia na escola vestindo um casaco afegão e capacete amarelo de trabalhador de obra. Para Adam, sempre foi ser uma estrela do rock ou nada, e sua única ambição em mente era em grande parte, empurrar a banda para frente desde o seu início.
A formação inabalável do U2 provavelmente é única na história da música popular. Eu não posso pensar em outra banda de sucesso que tem conquistado tanto e ido tão longe com exatamente a mesma unidade de pessoas dede o início. Para colocar em perspectiva, os quatro Beatles duraram menos de uma década juntos e há bastante antigos membros dos Rolling Stones para formar outro grupo. Bono, Edge, Adam e Larry foram unidos pela lealdade e amizade que os tem sustentado, enquanto seus contemporâneos, sem exceção, caíram, trouxeram novos membros, se separaram, por vezes se reuniram com formações diferentes. E isso vai para o coração do que é o U2, e por que continuam sendo uma força.
Um grande grupo é um pequeno milagre, onde as forças da concorrência e personalidades estão alinhados em uma espécie de equilíbrio cósmico, muitas vezes, apenas por curtos períodos de tempo. A partir de algumas perspectivas, uma banda é uma maneira lógica ou pelo menos eficiente de fazer música. Um compositor clássico escreve as notas para os músicos que o seguem, mas uma banda essencialmente se depara com identidade por ter que se reunirem em uma sala e tocar. Seu som e estilo é a soma das personalidades e da forma como eles expressam seu caráter através de seus instrumentos (e através de suas fantasias e ideias políticas e sociais). Eles não têm que ser os melhores músicos. Eles só têm de ser músicos corretos.
A maioria das bandas, em um momento ou outro, alteram a sua composição química substituindo um membro original por outro músico (muitas vezes removendo o elo musical mais fraco por outro supostamente mais forte) e muitas vezes perdem tudo no processo. As bandas são separadas por todos os tipos de razões, mas normalmente passam o resto da sua vida musical desejando a química indefinível daquela unidade especial. Conforme demonstrado neste 40º aniversário, a união do U2 é a sua maior força. É uma manifestação de quatro décadas de unidade e lealdade inerente ao seu grande hino, "One", que proclama a força de ser "um, mas não o mesmo", como a alegria e o privilégio de "carregar um ao outro". Não é de se admirar que o próprio U2 não tenha planejado algo para marcar este aniversário. Para eles, ainda é uma história que continua, com rumores de um novo álbum e turnê no próximo ano. Talvez eles estejam economizando fogo para o meio século.

Especial 40 Anos de U2: 1990-2016 - O Glam Rock Leva a Banda ao Topo das Paradas


Em 1990, o U2 precisava se reinventar completamente e isso é o que eles estavam dispostos a fazer quando eles começaram a gravar um novo álbum em Berlim com Brian Eno e Daniel Lanois.
Foi uma tarefa difícil, mas eles conseguiram, com uma boa dose de Stone Roses, o registro resultante, 'Achtung Baby' foi uma reinvenção do som característico da banda.
Sem alienar seu público principal, a gravação acabou por ser mais aventureira, e estreou como número 1 em todo o mundo, produzindo um Top Ten com hits como "Mysterious Ways" e "One".
Seus shows ao vivo também passaram por uma grande reinvenção com a Zoo TV, uma mistura louca multimídia que continha um cenário de enormes telas e carros suspensos.
Mais estranho ainda era Bono no palco como Mr. MacPhisto.
Em 1992, o U2 começou a trabalhar em um EP que se tornou num álbum completo em 1993, 'Zooropa', com uma influência ainda mais pesada, techno e dance, que 'Achtung Baby'. Os comentários foram positivos.
Terminando a 'Zooropa Tour' no final de 1993, a banda fez um intervalo mais prolongado.
Não lançaram nada até 1995, quando o U2 emergiu novamente com "Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me", um tema glam rock para o filme 'Batman Forever'.
Muito experimental, mesmo para o U2, no final de 1995 eles lançaram 'Passengers: Original Soundtracks Vol. 1'. Alguns fãs não conseguiram recebê-lo de braços abertos, e até mesmo o baterista Larry Mullen teceu críticas negativas.
O U2 prometeu seu próximo álbum para o outono de 1996, e que seria um retorno ao rock and roll.
Mas foi um ano depois ainda que 'POP' acabou nas prateleiras, com o primeiro single "Discotheque" chegando aos fãs primeiro através de um vazamento de estúdio.

No lançamento, 'POP' vendeu bem, mas foi enfraquecido, sendo considerado o pior álbum do U2 em mais de 10 anos.

Foram os grandes sucessos de 'The Best Of 1980-1990' que levou a banda de volta ao topo das paradas.
O DJ e seguidor da banda ao longo de sua vida, Dave Fanning, foi o primeiro a ver potencial em um lado b da banda, de 1987, "The Sweetest Thing", que foi remixada regravada para a coleção de singles, tornando-se um sucesso internacional.
Mas dispostos a mostrar que eles poderiam obter um bom material após o desempenho decepcionante de 'POP', O U2 levou três anos para lançar 'All That You Can't Leave Behind'.

Aclamado como um retorno às origens, foi seu maior recorde de vendas em anos, atingindo o número 3 nas paradas de álbuns dos Estados Unidos, e a conquista de prêmios Grammy para os singles "Beautiful Day" e "Walk On".
Mas foi a turnê, e não a vendagem de álbuns que fizeram dinheiro, e a 'Elevation Tour' tornou-se a mais lucrativa de sua história.

O U2 então foi buscar seu amigo dos primeiros discos, o produtor Steve Lillywhite, para o próximo álbum, 'How To Dismantle An Atomic Bomb', lançado em 2004, e que rapidamente ganhou disco de platina e ganhou diversos prêmios Grammy, incluindo álbum do ano, álbum de rock do ano, canção do ano (por "Sometimes You Can’t Make It On Your Own" que Bono escreveu para seu pai, que morreu em agosto de 2001).

Introduzido no Rock and Roll Hall of Fame em 2005, a máquina U2 novamente foi para a estrada com a 'Vertigo Tour', maior bilheteria de turnês de 2005, e quando foi concluída no final de 2006, havia arrecadado cerca de 389 milhões de dólares, tornando-se a segunda turnê mais bem sucedida da história.
O 12° álbum de estúdio do U2, 'No Line On The Horizon', de 2009, não teve um único single impactante, mas mesmo assim recebeu elogios, e originou uma turnê que foi mais lucrativa ainda para a banda. Mas em sua segunda etapa em 2010, datas tiveram de ser adiada após Bono sofrer uma operação de hérnia de disco.
No ano seguinte, a '360° Tour', montada com um palco no centro cercado por público, tornou-se a turnê de maior bilheteria na história da música. No entanto, aquela sensação de que tudo o que o grupo toca vira ouro, não se estendeu a todos.
Bono e The Edge passaram anos trabalhando juntos no musical da Broadway do Homem-Aranha, que, eventualmente, acabou dando certo depois de sua abertura com críticas negativas em junho de 2011.
A banda contratou produtores dance como will.i.am e David Guetta, e começaram a trabalhar em seu 13° disco, mas no meio acabaram mudando a equipe para Ryan Tedder e Flood, antes de acertarem com Danger Mouse.
Depois de anos e anos de espera, não conseguiram ter o público falando do lançamento digital de seu novo álbum, 'Songs Of Innocence', mas sim o fato de que a Apple colocou em todas as contas do iTunes, o álbum de graça.
Em seguida, o álbum teve um lançamento físico em setembro de 2014 e estreou como número 9 na Billboard 200.
O sucessor do álbum, já intitulado 'Songs Of Experience', têm seu lançamento previsto para 2017.

Do site: The Irish Sun

Especial 40 Anos de U2: 1985-1990 - A Conquista da América e Sucesso Mundial


O momento mais extraordinário em sua carreira até aquele momento veio na sua turnê em 1985 quando se apresentaram no Live Aid perante uma audiência de 1 bilhão de espectadores no mundo todo.


Bob Geldof, também de Dublin, havia organizado o show para arrecadar dinheiro para a fome etíope.
Depois do Live Aid, Bono passou um mês na Etiópia e descreveu-a como uma "experiência profundamente comovente estar no olho do furacão da fome."
No ano seguinte, e mais perto de casa, o U2 se apresentou no concerto Self Aid no RDS em 17 de Maio de 1986, com o qual foi previsto a criação de empregos e levantar fundos para a Irlanda, onde um quarto de milhão de pessoas estavam desempregadas.
Apesar de levantar cerca de £ 500.000 (635.000 euros atuais), o benefício foi considerado um fracasso, porque muitos sentiram que os únicos que podiam lidar com o problema era o governo, até então nas mãos do partido liderado por Garret Fitzgerald do Fine Gael .
O U2, então, questionou suas ações com The Edge dizendo: "Foi um gesto que era tudo sobre as esperanças e as aspirações e muito pouco sobre as respostas reais, alguém realmente se beneficiou no sentido de trabalho?"
O U2 também se apresentou na 'Conspiracy Of Hope Tour', promovendo o grupo de direitos civis, Anistia Internacional.
As sete datas da turnê arrecadou cerca de 3,24 milhões de euros pela Anistia Internacional e os shows ao vivo permitiram ao U2 trabalhar em músicas de seu próximo álbum. No entanto, as sessões de gravações levou mais tempo do que o esperado.
Brian Eno, que co-produziu o álbum com o canadense Daniel Lanois, revelou: "Todo mundo estava olhando para abrir novos caminhos. É por isso que demorou tanto tempo. "
Bono admitiu que as lentas sessões de gravações colocaram pressão sobre o seu casamento. Ele brincou com a revista americana Rolling Stone dizendo como o casamento e turnê realmente não se dão bem. Ele disse: "Eu vivo com uma pessoa muito forte e ela me joga fora de vez em quando.
Quase não vi minha esposa por um ano. 1986 foi um ano extremamente ruim para mim. É quase impossível de se casar e estar em uma banda em turnê."


Enquanto o U2 tinha se tornado uma das bandas emergentes dos anos 80, não se tornaram realmente gigantes até o lançamento do ano de 1987, 'The Joshua Tree', que surgiu da fascinação do U2 com a América.
Bono disse: "Para mim, a América é Miles Davis, Bob Dylan, Janis Joplin, Jimi Hendrix, e grandes bluesmen, e cantores gospel, e os enormes espaços, grandes poetas e escritores."
Mas a música de 'The Joshua Tree', "Bullet The Blue Sky", foi mais longe, a ousadia de desafiar a política externa dos Estados Unidos.
Bono explicou mais tarde: "Só fomos com essa nossa crítica da América porque as pessoas sabem que nós gostamos de estar na América."
E os Estados Unidos os amaram de volta com 'The Joshua Tree', tornando-se seu primeiro LP número 1 na América do Norte, e a revista Time colocou a banda irlandesa em sua capa anunciando -lhes como "Rock’s Hottest Ticket".

Mas, atingindo o seu primeiro auge criativo e comercial, o U2 foi jogado ao mar com o álbum sucessor, 'Rattle And Hum', um álbum duplo e um documentário que capturou a turnê de 1987 pelos EUA.

Apesar de singles de sucesso como "Desire" e "Angel Of Harlem", críticos odiaram, dizendo que era uma cópia exagerada de rock feito em estádios.

No entanto, The Edge mais tarde afirmou que o álbum foi um fiasco apenas para os críticos.
Ele disse: "Eu acho que muitas pessoas que compraram o álbum 'Rattle And Hum' gostaram, ao contrário daqueles que obtiveram cópias gratuitas para criticar. Eu ainda acho que é bom, embora não haja essa percepção equivocada de que tínhamos deixado completamente o planeta Terra, e nos comparado à Elvis Presley, Bob Dylan e The Beatles, que foi algo completamente oposto à nossa intenção. Foi realmente um monte de besteiras."
Com inúmeros livros não oficiais do U2 chegando às lojas, o empresário Paul McGuinness, em seguida, decidiu que era hora de encomendar uma biografia oficial do U2, e escolheu o escritor de esportes Eamon Dunphy para fazê-lo.
Mas nem a banda e nem Dunphy gostaram da experiência. O biógrafo registrou a banda num momento em que eles estavam em uma transição e infelizes de serem lembrados de seu passado.
Após o lançamento de 'Rattle And Hum', a banda fez uma pausa maior. Enquanto os anos 80 terminava, o U2 era ao mesmo tempo a banda mais amada e a mais odiada do planeta.
Pior, sua marca de rock com pregação estava fora de sintonia com o acid house e grunge.
A pomposidade percebida no U2 fez surgir um trio comediante brilhante de Dublin, chamado 'The Joshua Trio'.
Liderados por Paul Woodful, que alegou que ele tinha sido visitado por Bono em um sonho, acabaram fazendo versões jazz, country e western das canções da banda.
Em vez de ser ofender, o U2 assinou o 'The Joshua Trio' com sua gravadora, e eles tocaram na festa de aniversário de 30 anos de idade de Adam Clayton (ou The Edge).

Especial 40 Anos de U2: 1980-1984 - Do Pós Punk para Orações e Princípios Políticos


Os primeiros frutos vieram com seu single "11 O'Clock Tick Tock", onde o grupo irlandês criticou a cena clube de Londres, quando as pessoas se vestiam para ganhar a aceitação dos outros.
Após o primeiro ensaio em agosto de 1980, a banda começou a gravar seu primeiro álbum nos estúdios Windmill Lane em Dublin com Steve Lillywhite que trabalhara anteriormente com Siouxsie & The Banshees.
No início daquele ano ele havia produzido o segundo single do U2 pela Island, "A Day Without Me" inspirada no suicídio de Ian Curtis do Joy Division.
Foi um disco de estreia surpreendente, de uma banda cuja média de idade era de 20 anos.

Grande parte da música poderia ser descrita como pós-punk, ouvido em faixas de destaque como "I Will Follow" e "Twilight", mas também havia coisas mais sutis com canções mais lentas como "The Ocean" e "An Cat Dubh".
No lançamento, 'Boy' teve ótimas críticas da imprensa da música em ambos os lados do Atlântico.
Melody Maker afirmou que 'Boy' era o melhor disco de estreia de todos os tempos, junto com The Rolling Stones, The Velvet Underground e Roxy Music.
No entanto, não foi um sucesso comercial, porque o U2 ainda eram relativamente desconhecido fora de seu país natal.
O que ajudou a superar esse obstáculo foi o sucesso do próximo single, "Fire", que os levou ao Top Of The Pops em junho de 1981, e para dentro das casas de todo o Reino Unido.
Tentando capitalizar sobre o sucesso, o U2 começou a excursionar pela Europa, bem como na Costa Leste dos Estados Unidos.

A sua turnê nos EUA provou ser ainda mais bem sucedida como o público nacional mostrou grande interesse no rock progressivo.
Mas o U2 sabia que ele ainda tinha um longo caminho pela frente, com muitas outras bandas também competindo para o mercado norte-americano, incluindo Echo And The Bunnymen, The Teardrop Explodes e Depeche Mode.
Na mesma época, John Lennon foi morto enquanto assinava autógrafos para um fã.
Para o U2, isto provou ser uma grande perda porque eles eram seguidores do famoso cantor e compartilhavam a mesma filosofia em composição musical, acreditando em originalidade, honestidade e, ainda assim, ser culturalmente aceito entre os seus pares.
A influência de Lennon na banda foi totalmente expressa por Bono: "John Lennon mudou minha maneira de ver as coisas."
Tendo alcançado o clímax de sua turnê de estreia pela América do Norte com dois concertos esgotados em Nova York, as expectativas da indústria eram altas para o U2, e eles foram colocados para gravar o segundo álbum, October'.
No entanto, um desastre aconteceu quando Bono percebeu que havia perdido a maior parte das letras que ele havia planejado para o disco, na turnê norte-americana.
O U2 tinha um prazo de três semanas para cumprir com o novo álbum, o que não permitiria que eles tivessem muito tempo para reescrever as músicas.
Para cada sessão de gravação, o U2 e o produtor estavam sob imensa pressão para entregar resultados.
Bono disse: "Lembro-me de escrever letras sobre o microfone no estúdio, e por £50 a hora no estúdio, o que era muita pressão."

Além dos problemas com o disco, Bono, Edge e Larry tinham que conciliar sua vida no rock com seu forte cristianismo.
Na tentativa de entenderem melhor a sua fé, eles foram incluídos em um grupo cristão chamado Shalom, mas os ensinamentos do grupo os levaram a questionar o seu compromisso com a música.
Esta jornada religiosa inspirou músicas em seu segundo álbum, 'October', que foi lançado em outubro de 1981.
Ele foi apelidado de "o álbum Cristão do U2".

Curiosamente, este é o único álbum do U2, que não têm um encarte de letras.
'October' alcançou o número 11 nas paradas britânicas, vendendo mais de 250.000 cópias, e isso fez o U2 ganhar seu primeiro Disco de Prata. Embora o grupo tenha feito uma longa turnê promovendo o disco, ele não conseguiu atingir o Top 100 nos Estados Unidos, ficando em # 104.
Muitos críticos questionaram a estrutura geral das canções e do estilo musical do álbum, produzido pela falta de preparação e afinação da gravação.
Felizmente para o U2, isso não foi problema ao público nas performances ao vivo, com muitas datas no Reino Unido da 'October Tour', esgotadas.

O U2 triunfou no início de 1982 com uma bem sucedida turnê em Londres e Dublin, onde eles se apresentaram diante de uma platéia de 5.000 pessoas no RDS em Dublin, em janeiro, antes de viajarem para os Estados Unidos.

Mais uma vez, o U2 tinha reafirmado sua posição como um dos melhores shows ao vivo da época.
Em março de 1982, o U2 lançou o novo single "A Celebration", que só alcançou o Top 50, talvez porque a canção não estava vinculada à um disco de estúdio.
Naquele tempo, Bono deixou a perda de sua infância e crenças religiosas, para começar a politizar suas composições.
Em 1982, o U2 se retirou do St. Patrick’s Day Parade em Nova York, quando Bobby Sands, o líder do IRA, foi honrado como marechal honorário depois de morrer de fome na prisão após uma greve de fome iniciada por ele.
De repente, o U2 sentiu que não se encaixavam em um evento que colocou o terrorismo juntamente com as crenças cristãs. Para compensar aquela saída, o U2 decidiu manter a sua apresentação no New York Ritz.
Apesar disso, dizia-se que o U2 tinha perdido uma excelente oportunidade em ganhar publicidade na América do Norte.
Também nesse ano, o U2, após as negociações iniciais com outros produtores, incluindo Jimmy Destri do Blondie, decidiu manter o produtor de 'Boy' e 'October', Steve Lillywhite, para produzir o próximo álbum, 'War'.
'War' marcou um amadurecimento do U2, sendo mais direto na entrega de mensagens sobre guerras e conflitos, especialmente na canção "Sunday Bloody Sunday", que empregava um som pesado e afiado e letras claras muito diretas para transmitir sua mensagem sobre a violência na Irlanda do Norte - a tal ponto que foi rotulada como "uma canção de rebelde".
O U2 gastou um bom tempo de sua 'War Tour' tentando esclarecer esta falsa impressão.
E, ironicamente para Bono, esta canção foi escrita como uma reação contra a honra para Bobby Sands no desfile do St. Patrick’s Day.
A linha original da letra da canção teria Bono cantando: "Don’t talk to me about the rights of the IRA" (Não fale para mim sobre os direitos do IRA).
Bono explicou: "Quando Bobby Sands estava morrendo em sua greve de fome, o público americano estava praticamente jogando dinheiro no palco, eu queria escrever algo que não era uma canção rebelde, mas que dizia 'estamos de saco cheio disso'."
Mas foi "New Year's Day" que se tornou o maior hit do U2, até aquele momento, chegando ao Top 10 no Reino Unido, entregando uma mensagem do poder do amor e para o líder do Solidariedade, Lech Walesa, preso na Polônia.
Foi também o ano em que Bono se casou com o amor de sua juventude, Alison Stewart, em 21 de Agosto de 1982, na The Church Of Ireland em Raheny.
Casados ​​até hoje, o casal tem quatro filhos, as duas filhas Jordan e Memphis Eve, e os dois filhos, Elijah Bob Patricious Guggi Q e John Abraham.
Tal foi o sucesso da turnê de 'War', e tendo a MTV e videoclipes, que o empresário do U2, Paul McGuinness, sentiu que era o tempo certo para gravar um show ao vivo do U2.
O local escolhido para concerto ao vivo foi Red Rocks, localizado na periferia de Denver, Colorado, e que comportava 9.000 pessoas.
Gavin Taylor (produtor do programa musical "The Tube" no Canal 4) foi encarregado da produção e direção.
Infelizmente, estava chovendo há dias na área, sem parar, e o U2 teve que traçar outro plano, avisando que se ninguém aparecesse, eles tocariam em um lugar coberto nas proximidades, e de graça.
Apesar disso, cerca de 8.000 pessoas compareceram, na esperança que a banda não desmarcasse o show. Foi então que o U2 decidiu tocar com chuva no Red Rocks.
Para o U2, o desempenho no Red Rocks foi visto como um sucesso.
The Edge disse: "O lado visual deve muito ao tempo que estava muito ruim. Se o sol tivesse saído, certeza de que o vídeo teria sido bom, mas certamente não teria sido tão bom para a banda na maneira como aconteceu. Estes acidentes às vezes acontecem... e é aproveitar o momento".
Como um registro de onde eles estavam naquele momento, Under A Blood Red Sky é irrepreensível.
Quando foi lançado em novembro de 1983, ele foi para o número 2 na Grã-Bretanha e passou semanas 203 semanas nas paradas dos álbuns, embora só tenha atingido a posição 28 nos Estados Unidos.
Brian Eno, antigo tecladista do Roxy Music, foi contratado como produtor do próximo álbum do U2, 'The Unforgettable Fire'.
Embora 'War' tenha sido bem sucedido comercialmente, o U2 sabia que seguir aquele mesmo estilo de música em seu próximo álbum levaria a uma falha eventual.
O trabalho começou no Castelo de Slane, em maio de 1984, antes de se mudar para os estúdios Windmill Lane em junho.
O nome do álbum foi inspirado por uma coleção de trabalhos feitos pelas vítimas do bombardeio de Hiroshima no Museu da Paz em Chicago.
O nome título diz que simboliza a força do espírito humano, uma qualidade que foi claramente manifestada nas vítimas que criaram os desenhos mostrados na exposição.
Com a atmosfera construída pela RTE Light Orchestra, muitos críticos consideram 'The Unforgettable Fire' como a mais bela peça de música composta pelo U2.
Apesar de ter pouco tempo para gravarem, o disco foi lançado de acordo com o cronograma, em Outubro de 1984, dando ao U2 seu segundo álbum número 1 na parada de singles do Reino Unido com "The Unforgettable Fire" e "Pride (In The Name Of Love)", uma história comovente sobre o assassinato do líder dos direitos humanos dos EUA, Martin Luther king, e como o seu espírito e crenças permaneceram vivos depois de sua morte.

Do site: The Irish Sun

Especial 40 Anos de U2: 1976-1980 - O Começo


A história do U2 começou em setembro de 1976, quando Larry Mullen colocou um anúncio no quadro de avisos da Mount Temple High School para as pessoas interessadas em formar uma banda de rock.
Nascido em 31 de outubro de 1961, o jovem Dubliner começou a tocar bateria aos 9 anos de idade, mas apesar de um período tocabdo na The Artane Boys Band, desejava ir mais além. O pai sugeriu que formar uma banda poderia ser o próximo passo.

Poucos dias depois de colocar o anúncio no mural da escola, ele foi para a porta da sua casa na Rosemount Avenue n° 60, classe média de Artane, para receber algumas pessoas que eram uma espécie de músicos.

O primeiro era Adam Clayton. Nascido em Chinnor, Oxfordshire em 13 de março de 1960, o filho de um piloto da RAF, o baixista do U2 mudou-se para Dublin aos 5 anos de idade quando seu pai conseguiu um emprego na Aer Lingus.

Educado em vários colégios caros, ele sabotou sua escolaridade com uma campanha de discordância e perturbação que terminou em 1975, quando seus pais o matricularam em uma escola mais liberal, a Mount Temple, onde ele sempre vestido com sua roupa hippie, se interessou pela música e em comprar um baixo.
Ao lado de Adam estava o guitarrista Dave Evans, acompanhado por seu irmão Dik. Nascido como David Evans em Barking, leste de Londres, em 1961, The Edge mudou-se para Dublin com 1 ano de idade e cresceu um garoto solitário, solitário, mesmo.

Originalmente com a intenção de ir para a Universidade e se tornar um médico ou um engenheiro, tudo acabou quando ele escolheu uma guitarra e foi batizado de The Edge devido à sua mente afiada, e seu estilo de guitarra iria se tornar o grande trunfo do U2.

Por cerca de 15 minutos, Larry pensou que ele poderia ser o líder da banda, mas em seguida, um cara chamado 'Bono' entrou, pegou um microfone e proclamou-se o cantor.

Nascido Paul Hewson em Glasnevin, Dublin, em 10 de maio de 1960.
O filho de um casamento misturado, a mãe dele morreu quando ele tinha 14 anos, uma perda que levou o jovem Bono à um turbilhão de raiva e desespero.

Ele apareceu na audição naquele dia depois de ser persuadido pelo amigo Reggie Manuel que lhe disse: "Você tem que comparecer nesta, Paul, porque você sempre teve isso dentro de você."
Larry disse mais tarde: "Desde o primeiro dia nós estávamos previstos para aqueles papéis. Mesmo na escola, Bono já era mais ou menos um personagem. Ele era sempre foi o líder, ele queria estar na frente, enquanto Dave sempre foi o cientista".

Embora o grupo não conseguia tocar muito bem, eles, no entanto, declararam-se uma banda e escolheram o nome Feedback, que mais tarde foi mudado para The Hype.
The Edge recorda: "Por cerca de um ano e meio, nunca conseguimos chegar ao final de uma música. Tocávamos cerca de 1 minuto e meio, porém o esforço de tentar continuar tocando era muito grande e nós parávamos. É por isso que começamos a escrever nossas canções, porque não conseguíamos tocar as das outras pessoas."
No Outono de 1977, a banda fez seu primeiro show em um ginásio de escola em um palco montado com mesas.
Após a apresentação, Dik Evans deixou a banda para se juntar ao Virgin Prunes, citando uma diferença de opiniões entre ele e os outros membros, da maneira como a banda estava indo.
Ele disse: "Eles se tornaram muito intensos sobre isso e eu não, era quase um tipo de conflito de gerações entre nós, do tamanho de um abismo. Eu simplesmente não me encaixava, a atitude mais do que qualquer coisa".
No mesmo ano, a banda mudou seu nome novamente, desta vez para o U2, um nome sugerido por Steve Averill, o vocalista do The Radiators From Space, que mais tarde cuidaria do design das capas dos discos do U2.
Bono comentou sobre a decisão do nome: "Nos chamamos de U2 para para nos tirar da categoria do Sex Pistols, The Clash, até Led Zeppelin - para que as pessoas ouvissem o nome e dissessem: "que tipo de banda seria esta então?".
Este nome incomum também forneceu a banda uma ferramenta de marketing brilhante para se promoverem.
Recuperados da saída de Dik, triunfaram em 1978 quando ganharam o show de talentos The Harp-Lager em Limerick.
Isto foi um choque para a banda inexperiente, como Adam explicou: "Eu acho que no final do dia, há um espírito na banda que vem do outro lado".
Apesar do sucesso inicial, havia um problema. A banda precisava de um empresário.
Embora Adam tenha se destacado em seus esforços iniciais em estabelecer contatos de música dentro da indústria, bem como marcar as datas de apresentações ao vivo, o U2 precisava de alguém mais experiente e alguém que iria levá-los ao topo.
Bill Graham, um jornalista que trabalhava para a revista Hot Press, sugeriu Paul McGuinness.
O produtor de cinema que mais tarde seria conhecido como o quinto membro do U2, colocou seus olhos pela primeira vez nos seus protegidos em 25 de maio de 1978 no Project Arts Centre de Dublin.
Quando ele seguiu o grupo até o pub ao lado, ele descobriu que o U2 compartilhava de suas ambições de conquista e foi contratado como gerente.
Os primeiros desafios de U2 e Paul McGuinness foram um show como ato de suporte ao The Stranglers no The Top Hat Ballroom, em Dun Laoghaire, e uma fita demo gravada com Barry Devlin do Horslips.
Não muito tempo depois, um acordo foi negociado com a filial irlandesa da CBS, que assinou com eles para um single em troca de direitos de material do U2 para os próximos cinco anos.
Seu primeiro EP, o single 'U2-3', foi lançado mais tarde em dezembro, tornando-se seu primeiro sucesso nas paradas irlandesa.
Como resultado de uma estratégia de McGuinness para racionar shows do U2 para apresentações especiais, a banda realizou um show especial para serem mostrados aos homens do A & R no The Inn Baggot em 21 de agosto de 1979,
No entanto, ninguém estava interessado, e para piorar, uma proposta de £ 3000 para um contrato de gravação, que financiaria uma turnê pelo Reino Unido, foi por água abaixo.
Felizmente, família e amigos ajudaram com o dinheiro para atravessarem o mar.
Mas a reação em Londres não foi nada boa, e em alguns casos, o U2 teve que se contentar com um pequeno público, como os nove pagantes no pub Hope and Anchor em Islington.

Ao voltarem para casa, o segundo single "Another Day" novamente liderou as paradas irlandesas, mas sem uma gravadora internacional o U2 entrou a década de 1980 com a moral baixa.
Não foram só más notícias, porque o U2 ainda ganhou nas categorias principais da pesquisa de leitores da Hot Press, e logo o grupo assinou um contrato com uma gravadora internacional, a Island Records, no valor de £ 100.000, a ser dividido entre gravações e turnês.

Do site: The Irish Sun
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