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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Capítulo 5 - O Primeiro Encontro

Após ter conversado com Adam, Larry foi perguntar para Dave se ele gostaria de formar um grupo. Dave topou, mas com a condição de que pudesse levar seu irmão junto. Larry aceitou. Era a chance dos irmãos Evans estrear a nova guitarra, toda amarela, mas que produzia uns sons estranhos. Os dois encontraram então um jovem cabeludo com óculos escuros no ponto de ônibus. Era Adam Clayton, que carregava seu baixo embaixo do braço e um amplificador no outro. Os Evans olharam para Adam admirados e percorreram todo o caminho até a casa de Larry conversando e estabelecendo uma amizade. Adam encantou os dois falando milhões de gírias do mundo do rock. "Esse cara manja muito", pensaram os irmãos. Mas eles não foram os únicos que caminharam até a avenida Rosemount. Vindo de outro lado, Paul Hewson resolveu conferir o convite daquele jovem baterista que tanto o impressionara na escola, pela sua beleza e timidez. Mas Paul não foi sozinho e acabou carregando Ivan McCormick junto.
Quando Larry olhou para aqueles cincos garotos, levou um susto. Ele havia procurado um baixista e um guitarrista e de repente, apareceram um baixista e QUATRO guitarristas! "Bem, e quem cuidará dos vocais?" perguntou Larry. Ninguém se habilitou.
Apesar de todos freqüentarem a mesma escola, nunca haviam ficado juntos ou sequer conversado. Os gostos musicais batiam em poucas coisas. Todos gostavam de Beatles, Stones e Bowie. Larry amava as bandas glitters como o Sweet. Dave adorava o som da guitarra de Rory Gallagher, fosse com seu grupo Taste ou solo, e até de Yes. Paul gostava de Elvis e estava antenado com o novo movimento que invadia o mundo, chamado punk rock. Adam conhecia tudo sobre a cena de San Francisco dos anos 60. Apenas Dik e Ivan não tinham gostos claros ou não quiseram comentar. O primeiro trabalho para Larry era acomodar seis pessoas em um espaço exíguo dentro de sua casa. O único local que parecia possível seria a cozinha e para lá foram. Larry precisou abrir a porta de trás para abrigar sua bateria. De maneira desordenada, começaram a tocar canções dos Stones, como "Brown Sugar". Mas a balbúrdia agregada ao som horroroso que faziam chamaram atenção de toda a vizinhança. Logo, o quintal estava cercado de curiosos, que riam. Irritado, o baterista ligou a mangueira de água em cima de sua primeira "platéia" e espantou os curiosos.
O primeiro encontro deixou claro alguns pontos: Larry e Dave sabiam tocar, assim como Dik, embora sua guitarra desafinasse clamorosamente. Ivan desistou e nunca mais voltou. Paul não era bom guitarrista, mas tinha atitude e queria tentar. E a maior decepção acabou sendo Adam, que após tanta pose, gíria, seu próprio amplificador e atitude, mostrou que não sabia tocar nada. Mas Adam tinha tanta vontade e atitude quanto Paul. Bem, e quem faria o quê? Estava claro que Paul era um guitarrista medíocre, se tanto, e que ele gostava muito mais de falar do que de tocar, e que tentava chamar toda a atenção para ele da mesma maneira que agia em casa ou na escola. Adam viu isso e tentou tomar a frente dizendo que eles poderiam começar a ensaiar e até arriscar algumas apresentações, já que Adam jurava conhecer algumas pessoas do meio. Mas depois de verem como manejava seu baixo, todos pensaram se aquilo não seria apenas outra bravata. Ok, eles iam tentar. E qual seria o nome do novo conjunto? A escolha acabou sendo Feedback, uma referência ao som distorcido que saía dos amplificadores de Adam. Dik poderia fazer parte da banda, se sua guitarra assim permitisse. E o som começou para os cinco jovens. Mas nada seria muito fácil...

agradecimento: www.beatrix.pro.br/mofo
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