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terça-feira, 13 de julho de 2010

13 de Julho - Dia Mundial do Rock

Quantas vezes você já ouviu falar que o rock morreu? O gênero já atravessa mais de 50 anos e a sentença ainda é decretada, mas ele continua entre nós. E hoje comemora por estar a salvo: é o Dia Mundial do Rock, trilha sonora incontestável dos jovens do século 20.
Rock é um termo abrangente que define o gênero musical popular que se desenvolveu durante e após a década de 1950. Suas raízes se encontram no rock and roll e no rockabilly que emergiu e se definiu nos Estados Unidos da América no final dos anos quarenta e início dos cinqüenta, que evoluiu do blues, da música country e do rhythm and blues, entre outras influências musicais que ainda incluem o folk, o gospel, o jazz e a música clássica. Todas estas influências combinadas em uma simples estrutura musical baseada no blues que era "rápida, dançável e pegajosa".
No final da década de 1960 e início dos anos setenta, o rock desenvolveu diferentes subgêneros. Quando foi misturado com a folk music ou com o blues ou com o jazz, nasceram o folk rock, o blues-rock e o jazz-rock respectivamente. Na década de 1970, o rock incorporou influências de gêneros como a soul music, o funk e de diversos ritmos de países latino-americanos. Ainda naquela década, o rock gerou uma série de outros subgêneros, tais como o soft rock, o glam rock, o heavy metal, o hard rock, o rock progressivo e o punk rock. Já nos anos oitenta, os subgêneros que surgiram foram a New Wave, o punk hardcore e rock alternativo. E na década de 1990, os sub-gêneros criados foram o grunge, o britpop, o indie rock e o nu metal.
O som do rock muitas vezes gira em torno da guitarra elétrica ou do violão e utiliza um forte backbeat (contratempo) estabelecido pelo ritmo do baixo elétrico, da bateria, do teclado, e outros instrumentos como órgão, piano, ou, desde a década de 1970, sintetizadores digitais. Junto com a guitarra ou teclado, o saxofone e a gaita (estilo blues) são por vezes utilizados como instrumentos solo. Em sua "forma pura", o rock "tem três acordes, um forte e insistente contratempo e uma melodia cativante".
A maioria dos grupos de rock são constituídos por um vocalista, um guitarrista, um baixista e um baterista, formando um quarteto. Alguns grupos omitem uma ou mais destas funções e/ou utilizam um vocalista que toca um instrumento enquanto canta, às vezes formando um trio ou duo; outros ainda adicionam outros músicos, como um ou dois guitarristas e/ou tecladista. Mais raramente, os grupos também utilizam saxofonistas ou trompetistas e até instrumentos como violinos com cordas ou cellos.
A data exata de seu nascimento é desconhecida, mas seu reconhecimento foi eternizado há apenas 25 anos. O Dia Mundial do Rock foi instituído em 1985, ano do primeiro Live Aid, um concerto beneficente em prol das vítimas da fome na Etiópia realizado em Londres e na Filadélfia. O espetáculo foi organizado pelo músico Bob Geldof e teve a participação de vários astros de rock.
Os shows do Live Aid aconteceram no dia 13 de julho de 1985, simultaneamente em Londres, no Wembley Stadium, e na Filadélfia, no JFK Stadium, e foram transmitidos para todo o mundo. Desde então, institui-se a data como o Dia Mundial do Rock.
Na Inglaterra, apresentaram-se Status Quo, Style Council, Adam Ant, Boomtown Rats, Spandau Ballet, Elvis Costello, B.B. King, Sade, Sting, Phil Collins, Bryan Ferry, U2, Dire Straits, Queen, David Bowie, Who, Elton John e Queen, entre outros.
Nos Estados Unidos, tocaram atrações como Joan Baez, Black Sabbath, Run DMC, Crosby, Stills & Nash, Judas Priest, Bryan Adams, Beach Boys, Simple Minds, Pretenders e Santana.
O evento foi a culminação de uma série de ações beneficente organizadas por Geldof, em prol das vítimas da fome, que começaram no final de 1984, com a gravação da música "Do They Know It's Christmas". O single reunia a nata do pop dos anos 80, como Sting, Bono, Boy George e Simon LeBon.
Um dos momentos mais marcantes do concerto foi a apresentação do U2 que, na época, não passava de uma banda como qualquer outra. A partir dessa apresentação, a banda irlandesa despontou como um dos maiores ícones do rock mundial e Bono se tornou no principal nome da da causa.


No livro U2 BY U2, os integrantes comentaram sobre este histórico dia:

ADAM: “O Live Aid foi absolutamente assustador…
… mas ao mesmo tempo muito excitante. Assustador porque cada grupo só tinha 15 minutos, e tudo tinha que dar certo, não havia ensaios de qualquer ordem. O ambiente estava um pouco descontrolado. Havia imensas câmeras e muita gente na área dos bastidores. Estávamos constantemente expostos e vulneráveis. A apresentação era de dia, o que não era o melhor dos cenários, mas naquele palco éramos apenas mais um grupo e só tínhamos 15 minutos para mostrar o que valíamos. Estávamos rodeados de enormes talentos e não queríamos passar despercebidos.”
(…)

“LARRY: No meio de ‘Bad’, o Bono resolveu ir escolher uma garota para dançar com ele…
O tempo que esteve ausente pareceu uma eternidade. Nós já estávamos nervosos, mas quando ele desapareceu, instalou certo pânico entre nós.”
(…)

PAUL: Pensei que ele tinha estragado tudo…
… Não conseguia vê-lo, não fazia idéia para onde ele tinha ido. A única coisa que eu sabia é que não íamos mais tocar as músicas que tínhamos combinado. Ficamos naquela versão de ‘Bad’ e nunca chegamos à terceira música que ia ser ‘Pride’. (…)

BONO: (…)Voltamos para a casa dos pais da Ali, que moravam em Wexford. Eu estava muito abatido e chateado comigo mesmo. Entretanto conheci um escultor chamado Seamus Furelong, que era amigo da família da Ali.(…)Fui à sua pequena oficina e ele estava trabalhando em uma peça. Estava meio aéreo. (…) Dois dias depois recebi um recado para telefonar para o Paul. Telefonei e ele disse: “Não vai acreditar, mas andam todos excitadíssimos com a sua atuação do U2 no Live Aid. As estações de rádio e de televisão andam perguntando às pessoas qual foi o melhor grupo e muita gente escolheu o U2.”(…)

PAUL MCGUINNESS: (…)No dia seguinte fomos às Antibes comprar jornais ingleses e vinha uma história formidável, parecia ter sido popularmente decretado que o Bono e o Freddie Mercury foram os destaques do show. Fui percebendo aos pouco o que tinha acontecido. Todos os álbuns do U2 entraram para as paradas e o status deles deu um enorme salto. A partir daí as coisas nunca mais foram as mesmas, pois agora todos sabiam quem era o Bono
(…)

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