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sábado, 20 de agosto de 2011

Mineiro que ganha a vida em Nova Iorque como gondoleiro, já remou para Bono

O mineiro Joseph Gama conseguiu escapar do estereótipo dos imigrantes que trabalham em Nova York ao adotar uma profissão inusitada. Em 2010, depois de várias tentativas sem sucesso de conseguir um emprego, Joseph foi contratado para trabalhar como gondoleiro em um restaurante no Central Park. Na profissão há um ano, tem como orgulho ter transportado Bono e Andrea Bocelli.
Gama nasceu em Ipatinga, no interior de Minas Gerais, e seguiu para os EUA atrás da mãe, a faxineira Glinaura Gama. Hoje, é responsável por transportar os clientes do The Boat House. “Um italiano que trabalhava no restaurante como gondoleiro precisava de alguém para ajudá-lo e me convidou. Pratiquei bastante antes de começar”, lembra o mineiro.
Em cima da gôndola, Joseph já conheceu muitas pessoas e já ouviu histórias diferentes de todos os lugares do mundo. Mas os momentos mais inesquecíveis que o mineiro passou foram ao lado das celebridades.
O vocalista do U2 esteve em Nova York em 2009 com a família e, em uma visita ao Central Park, resolveu passear de gôndola no ‘The Boat House’. Para Joseph, foi um dos momentos mais marcantes como gondoleiro. “Conversamos bastante. Ele falou que gostou muito do Brasil, que era apaixonado por São Paulo”, lembra o mineiro.
A simpatia de Bono aumentou ainda mais a admiração de Joseph pela banda e ele não conseguiu evitar a tietagem. “Não sou de pedir para tirar foto com ninguém, mas com o Bono eu tive que tirar. Fui dormir sorrindo aquele dia”, revela. “No fim do passeio, ele virou e me disse que eu ainda seria um grande homem”, lembra orgulhoso o brasileiro.
Por ser brasileiro, morar nos Estados Unidos e exercer uma profissão típica de italianos, Joseph sofreu um pouco de resistência no começo. “Os donos do restaurante queriam um americano loiro. Mas o outro gondoleiro italiano acreditou em mim e me preparou rápido para eu provar que tinha condições de trabalhar”.
E não foram só os donos do restaurante que estranharam a presença do brasileiro em cima da gôndola. Um cliente americano subiu no barco certa vez e disse, em tom de desprezo, “Shame on them” (“Vergonha para eles”), referindo-se ao restaurante por contratar um brasileiro para a profissão. “Eu ignorei, não ligo muito”, diz Joseph.
Há quatro anos longe do Brasil, o mineiro tenta matar a saudade do país quando encontra brasileiros na gôndola. “Acho interessante quando aparecem os brasileiros. Eles sempre se interessam pelas minhas histórias e o papo sempre acaba caindo no Brasil”, conta Joseph. Mas, mesmo com esses momentos, ele ainda sente falta do país. “Embora parte da minha família more aqui em Nova York, eu ainda sinto falta dos amigos e das pessoas que eu deixei na minha cidade”.
Do site: G1
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