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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

The Edge fala sobre a canção "Drunk Chicken/America"

"A pista utilizada para o poema 'America' de Allen Ginsberg, foi uma das primeiras gravações que fizemos em Danesmoate em 1986, para o álbum 'The Joshua Tree'. Foi dado o título de trabalho 'Drunk Chicken (Frango Bêbado)'. É tudo Brian Eno na verdade. Brian começou a improvisação e, embora todos nós estivéssemos dispostos, nunca teriamos passado por suas origens Enoesque. É evidente à partir desta faixa, que naquele momento ainda estávamos em busca de pistas, procurando o fim da discussão." - The Edge, The Joshua Tree 2007

Com a intenção de lançar um álbum no final de 1986, o U2 criou um estúdio em janeiro daquele ano em Danesmoate House, uma arquitetura georgiana em Rathfarnham, no sopé das Montanhas Wicklow. O plano era criar a atmosfera e a inspiração lá, bem como o uso do Slane Castle para as sessões de 'The Unforgettable Fire' em 1984.
"Drunk Chicken/America" surgiu nestas sessões de Danesmoate. Ela traz um sample do poeta beatnik Allen Ginsberg declamando 'America'.
'América' é um dos mais representativos trabalhos daquele que foi um dos mais importantes escritores dos Estados Unidos da segunda metade deste século. Em cada verso, o registro claro da relação amor/ódio com a sua terra natal, que foi o traço marcante de tudo o que ele escreveu.
A versão integral do poema está presente no livro Uivo.
Uivo foi lançado originalmente em 1956 e foi apreendido pela polícia de São Francisco, sob a acusação de obscenidade, mas acabou sendo liberado pela Suprema Corte Americana. Desde então, ele se tornou, junto com On The Road, de Jack Kerouac, o marco do movimento beat.
Subitamente transformado numa celebridade na América, Ginsberg prosseguiu produzindo num mesmo ritmo frenético até sua morte, em 1997.

America
America, I've given you all and now I'm nothing
America, two dollars and twenty-seven cents January 17, 1956
I can't stand my own mind
America, when will we end the human war
Go fuck yourself with your atom bomb
I don't feel good, don't bother me
I won't write my poem till I'm in my right mind
America, when will you be angelic
When will you take off your clothes
When will you look at yourself through the grave
When will you be worthy of your million Trotskyites
America, why are your libraries full of tears
America, when will you send your eggs to India
I'm sick of your insane demands
When can I go into the supermarket and buy what I need with my good looks
America, after all, it is you and I who are perfect, not the next world
Your machinery is too much for me
You made me want to be a saint
There must be some other way to settle this argument
Burroughs is in Tangiers
I don't think he'll come back, it's sinister
Are you being sinister or is this some form of practical joke
I'm trying to come to the point
I refuse to give up my obsession
America, stop pushing, I know what I'm doing
America, the plum blossoms are falling
I haven't read the newspapers for months
Everyday somebody goes on trial for murder
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