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domingo, 9 de dezembro de 2012

Por dentro da apresentação do U2 no Festival de Glastonbury em 2011 - Parte1

Em um trecho de "From The Ground Up" publicado pelo site U2.com, o escritor Dylan Jones viaja junto com a banda no Festival de Glastonbury, descreve como Damien Hirst se envolveu, como foi formado o setlist e porque "tudo é sobre a conexão":

Dezoito meses antes do show em Glastonbury, o setlist foi planejado, que era basicamente uma performance de três atos: Ato I, contendo uma série de hits antigos da banda, de "New Year's Day" à "Where The Streets Have No Name". Ato II, seria meia hora de Zoo TV, enquanto o Ato III seria a 360°, de "Beautiful Day" à "Elevation". Mas o tempo passou, disse Dylan Jones, e a banda começou a questionar o formato.
A incerteza reinou por cerca de seis meses, em grande parte porque eles estavam em turnê e Glastonbury estava realmente em segundo plano. E então, durante o curso da turnê 360°, várias coisas aconteceram. Não menos importante foi a renovação de "Even Better Than The Real Thing", que foi tão forte que acabou sendo a abertura do show. Então veio uma pergunta: "Bem, se é tão boa para abrir o show, talvez devessemos começar o show em Glastonbury com ela?" Mas eles também perceberam que se abrisse com "Even Better Than The Real Thing" iriam precisar de um visual muito forte para isso. Então Bono disse: "Eu vou escrever para Damien Hirst."
A frase "Even Better Than The Real Thing" [Ainda melhor do que a coisa real] poderia ser o lema de Damien Hirst e ele estava fazendo uma peça de vídeo para eles. O processo foi um pouco como uma montanha russa, mas finalmente aconteceu de forma espetacular. Eles trabalham com muitos artistas e designers, oferecendo conteúdo de vídeo, mas trabalhar com um artista estabelecido é uma dinâmica muito diferente. Eles apresentam sua visão como uma idéia independente que se possa alterar, e fazer funcionar dentro dos parâmetros de um show ao vivo pode ser muito difícil. Hirst então entregou uma peça extraordinária de vídeo. A beleza da peça foi o que ele entendeu claramente, e a estrutura e narrativa da música e da edição são fantásticos.
No final, um dos cabos de energia quebrou, ou seja, a transmissão ao vivo da câmera mostrando a banda não funcionou, o que fez o público de Glastonbury assistir somente o trabalho de Hirst e não imagens da banda tocando, que ironicamente, provavelmente tornou tudo muito mais poderoso. O set terminou incluindo tudo, desde o rock sem ironia dos anos 80, à música eletrônica e variedade sonora do U2 da década de 90. Tudo isso.
Isto foi "Baby Glasto, Achtungberry". Às 9:30 daquela noite, depois do show de Morrisey, baixou muitas nuvens cinzentas carregadas, e na frente de um público que superou 50 mil pessoas, a banda subiu ao palco e tomou o palco Pirâmide e quase sem piscar , começaram a apresentação com cinco músicas de "Achtung Baby" e incluindo até o seu single de estréia, da pós-punk "Out Of Control". O conjunto fino e combativo foi uma versão truncada dos shows da 360° Tour, mais curto, mais agressivo, e mais dependente de arte teatral, em vez do show de luzes e fogos de artifício, e foi intercalada com fragmentos de "Independent Woman" da Destiny Child, "Movin' On Up" do Primal Scream, "Love Will Tear Us Apart" do Joy Division; "Yellow" do Coldplay, e uma versão acapella de "Jerusalem", seguida por algo em "Bongolese", uma forma de improvisação de Bono quando a banda está tirando as músicas.
"É raro ouvir um irlandês cantar 'Jerusalém'", diz Bono. "Pode ser as linhas de força. É um sentimento muito especial estar aqui."
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