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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

15 anos de Popmart Tour no Brasil: rumo à São Paulo

Especial 15 anos de Popmart no Brasil - Parte 08

Depois do Rio de Janeiro, era a vez de São Paulo ter a sua primeira (e segunda) vez com o U2. O primeiro show da turnê Popmart em São Paulo, aconteceria no Estádio do Morumbi, na sexta-feira, 30 de janeiro de 1998. A previsão inicial de abertura dos portões era para 16:30.
Mas a Polícia Militar antecipou para as 14:00 o horário de abertura dos portões.
O comandante interino do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, responsável por segurança em grandes eventos, na época, afirmou que, se fosse necessário, a abertura dos portões poderia ser feita ao meio dia, devido a enorme procura de ingressos para a apresentação, que teria em torno de 100 mil pessoas presentes.
A antecipação não teve relação direta com os tumultos ocorridos no show do U2 no Rio, onde, apesar dos portões terem sido abertos às 14h40, houve tumulto na entrada do público.
A produção da turnê PopMart contratou as empresas Fonseca Segurança e Vigilância (antiga Fonseca's Gang) e Mirante Segurança, que foram responsáveis por 750 homens por dia, sendo 500 deles para a segurança de palco e gramado.
Somando segurança e PM, 1.200 pessoas trabalharam para tentar organizar a passagem da turnê PopMart por São Paulo.
Os ingressos começaram a ser vendidos no dia 26 de dezembro de 1997, e segundo os organizadores, foram colocados à venda, no total, 300 mil ingressos. Foram 100 mil para o Rio e outros 200 mil para os dois shows paulistanos. Um quarto show no país foi descartado inicialmente. Mas no dia 13 de janeiro de 1998, a produção contabilizou a venda de 95% dos ingressos disponibilizados para os dois shows em São Paulo, e esses números fizeram crescer a possibilidade da realização de mais um show no Morumbi. Este show extra poderia ter sido realizado na segunda, 2 de fevereiro. Desta forma, os integrantes do U2 teriam tido um dia de descanso entre as apresentações. Mas infelizmente, esta apresentação extra não foi fechada.
O empresário Franco Bruni chegou também à negociar a realização de um quarto show que poderia acontecer numa capital do Nordeste, provavelmente Salvador (BA), num estádio com capacidade para 70 mil pessoas.
No Rio de Janeiro, a venda não foi totalizada, mas os produtores admitem que os cariocas não tiveram o mesmo interesse que os paulistas.
Os preços de venda, na cidade de São Paulo, foram de R$ 30 para arquibancada, R$ 50 para gramado e cadeira inferior e R$ 60 para cadeira superior.
As lojas C&A do Rio e de São Paulo começaram à vender os ingressos para os três shows no Brasil do U2 um dia após o Natal, e em várias lojas formaram-se filas para a compra dos ingressos. Na loja da rua 24 de Maio, na região central de São Paulo, as pessoas sentaram na calçada esperando a abertura. No shopping Morumbi, a fila chegava a 300 metros pela manhã, período mais movimentado do dia. A maior procura na cidade foi para os ingressos de cadeira superior e inferior.
A C&A não vendia meia-entrada e só aceitava compras em dinheiro. A UNE vendeu em sua sede os ingressos meia-entrada para estudantes, mas somente dia 7 de janeiro de 1998 que abriram as vendas. Foram 70 mil ingressos para estudantes. Na loja C&A de Copacabana (zona sul do Rio), cerca de 50 pessoas formaram fila antes do início da venda dos bilhetes, às 10h.
No dia 29 de dezembro de 1997, restavam poucos ingressos para os shows em São Paulo em janeiro. Em lojas paulistanas só havia ingressos para pista e arquibancada, em quantidade reduzida. Mas somente dia 15 de janeiro de 1998, a assessoria de imprensa divulgou que os ingressos estavam esgotados.
A produção colocou à venda no dia anterior ao primeiro show em São Paulo, mais 13.500 ingressos extras para cada um dos shows na capital. Os ingressos extras foram vendidos no Estádio do Morumbi e nas lojas C&A dos shoppings Ibirapuera, Iguatemi e Morumbi. Isso porque o estádio passava por uma reforma parcial, que terminou apenas no dia 25 de janeiro. Após a nova inspeção do Contru, mais 25 mil lugares do estádio foram liberados e novos ingressos foram colocados a venda. Passaria então de 100 mil pessoas assistindo à cada noite dos shows em São Paulo.
A produção do evento desmentiu a notícia de que havia vendido mais ingressos do que o número liberado para o Morumbi. Todas as quase 120 mil pessoas que compraram ingressos para assistir cada noite das apresentações estavam com sua entrada garantida, garantiu a organização. 
Enquanto isso o Juizado de Menores de São Paulo autorizou crianças, com idade de 9 à 14 anos, a assistirem aos shows do U2 no Morumbi, desde que acompanhados por um maior responsável. Jovens com idade superior a 14 anos foram liberados à ir ao estádio desacompanhados. 
Apesar dessa vitória da produção do evento, que estava insatisfeita com a proibição a menores de 14 anos, outras regras não foram quebradas. A venda de bebidas alcóolicas continuou vetada no Morumbi e os refrigerantes foram fornecidos pelas empresas Brahma e Pepsi. Um dos patrocinadores da turnê PopMart no Brasil foi a cervejaria Skol. 
Também não era permitido, na teoria, entrar no estádio com alimentos e bebidas. Só a imprensa devidamente credenciada poderia portar câmeras e máquinas fotográficas. Na teoria, porque na prática.......
Para os deficientes físicos, houve 200 lugares para cadeiras de rodas e 40 para acompanhantes. Estes espaços especiais só estiveram disponíveis para as arquibancadas e cadeiras superiores e inferiores. A entrada ocorreu pelo portão 17 do Morumbi. 
No início das negociações, foi cogitado trazer para a abertura dos shows uma atração internacional. E como atração nacional, estava prevista a participação do Barão Vermelho (o que seria perfeito).
No dia 11 de janeiro de 1998, a Rádio Transamérica, que transmitiria o áudio ao vivo do segundo show em São Paulo, em 31 de janeiro, transmitiu o áudio do concerto da PopMart na Bósnia, gravado pela rádio britânica BBC no dia 23 de setembro de 1997. O show foi apontado por Bono como um dos momentos mais significativos da turnê, que começou em abril de 97 em Las Vegas (EUA).
Uma preocupação para os shows de São Paulo, eram as chuvas que poderiam ocorrer nas noites da apresentação, já que o forte calor do verão causava grandes pancadas de chuva nos finais de tarde. Segundo a meteorologista do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou naquela semana, era grande a possibilidade de ocorrerem pancadas de chuva localizadas, curtas (cerca de 40 minutos) e de média intensidade em São Paulo: "Até a próxima segunda-feira não haverá a entrada de nenhuma frente fria na cidade, o que deve manter a temperatura alta e com a possibilidade de pancadas de chuva". A temperatura média durante as noites dos shows em São Paulo deveriam ficar em torno de 26øC. A máxima seria de 33øC e a mínima de 20øC, segundo previsões do Inpe.

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