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sábado, 17 de agosto de 2013

A Pasta Perdida de Bono: História Completa - Parte 02

Achados e Perdidos

Livingston disse que jogou a pasta na van de Graeff. Graeff disse que parecia idêntica à pasta que ele usava para embalar o seu equipamento de iluminação.
Eles levaram para casa em Tacoma. Livingston disse que estava ansioso para dormir, depois de um dia de 14 horas de montagem de equipamentos para o U2 e manipulação de som para a banda de abertura.
"Se eu fizer isso para eles hoje à noite", ele lembrou-se de pensar, "então a banda não terá que pegar a estrada para procurá-la."
Na noite seguinte, no Astor Park, um dos maiores clubes da cena musical de Seattle na época, o U2 atraiu um grande público.
"Era casa cheia, uma noite louca", disse Livingston.
Ninguém perguntou à Livingston da pasta, disse ele. E ele se esqueceu de mencionar.
Depois de alguns dias, ele e Graeff conversaram sobre a pasta. Graeff lembrou de chamar o escritório de John Bauer, o promotor do concerto em Seattle, que tinha tratado dos shows do U2 nos outros locais.
A secretária de repente disse que não deixaria o homem no telefone falar com John Bauer, assumindo que Graeff queria chegar perto dele.
"Eu deixei uma mensagem e não tive retorno", disse Graeff. "Desde então ele desapareceu. Eu não pareci ser importante para ele, por isso ele não pareceu importante para nós."
Muitos fãs podem considerar quaisquer bens da banda de interesse crucial. Mas naquela época, Livingston disse, o U2 era pouco conhecido nos Estados Unidos. Como um especialista em som, ele esteve perto de muitas bandas durante esses anos - algumas em ascenção ou próximas, e algumas em seu caminho para a popularidade.
"Quando você está trabalhando com shows, você não pode ser um fã", disse Livingston.
Graeff guardou a maleta na casa que ele e seu irmão Rusty estavam alugando em University Park, um subúrbio a oeste de Tacoma, onde administrava a sua empresa, Northwest Lighting. Sem abrir a maleta, ele disse que ele colocou no sótão acima da garagem da casa pequena de estilo Rambler (um estilo da casa que estende lateralmente ou na profundidade). Ele à armazenou entre suas decorações de Halloween e Natal.
Quando Graeff mudou-se no final daquele ano, ele levou todos os seus pertences, mas disse que ele deve ter esquecido a pasta. Dois anos depois, o inquilino Dave Harris encontrou a maleta no chão do sótão, solitária.
Dave Harris pegou a pasta. Cindy Harris armazenou todo o conteúdo interno dela, na garagem, levando-a para uma casa nova, que o casal comprou em 1983. Ela manteve os itens em um saco plástico com zíper, na garagem, até outubro de 2003, quando a amiga Danielle Rheaume insistiu para que ela guardasse na casa de seus pais.
Rheaume organizou os conteúdos e cuidadosamente agrupou notas, fotografias e cartas em envelopes separados. Ela guardou no cofre de seu pai, com sua coleção de armas. Ela contatou a gestão do U2, buscando entregar pessoalmente os materiais de Bono, a quem ela sempre sonhou em conhecer. Após várias tentativas frustradas em 12 meses, Rheaume e Harris se encontraram finalmente com Bono em Portland.
Rheaume disse que a história de Graeff e Livingston não a surpreendeu.
"A lenda foi perfeita demais, foi muito clássica", ela disse. "Duas garotas com o material, no fim das contas. Quem são as clássicas groupies de bandas de rock masculino? Garotas."
Os técnicos de som e iluminação forneceram documentos e detalhes da noite que aparecem para confirmar sua história.
Livingston ainda tem duas páginas mostrando o layout solicitado pelo U2 para o palco na taverna Foghorn. Os layouts mostram o instrumento e o nome de cada membro da banda. O papel timbrado no topo da página inclui um endereço, "45 Waterloo Road, Dublin 4, Irlanda," que Rheaume disse combinar com alguns dos materiais da banda.
Os homens lembram do U2 como um grupo que levavam sua música e à si mesmos à sério. Não havia álcool nos bastidores. Dois membros da banda carregavam bíblias. Isso seria consistente com inúmeros relatos publicados em torno disto.
A equipe de iluminação que viajava com a banda parecia conhecer cada movimento dos músicos no palco, disse Livingston. O U2, que eram quase homens com 20 anos de idade na época, ouviam atentamente a sua equipe e trabalhavam duro para realizarem um bom show, disse Livingston.
"Era de se apreciar o profissionalismo. Não eram festeiros", disse Graeff. "Olhe agora para o resultado final."
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