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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Em entrevista, Adam Clayton diz que o U2 está próximo de terminar as gravações do novo disco

Adam Clayton participou do lançamento da campanha Walk In My Shoes 2014 em Dublin. É o terceiro ano consecutivo que ele se envolve na campanha.
Adam também concedeu uma entrevista na 98FM, no Ray Foley Show, que começou com algumas perguntas sobre o que a banda está fazendo no momento.
Perguntado se estava em casa, Adam respondeu: "Estou sim. Estou voltando de uma sessão de gravações. Tem muitas gravações acontecendo, mas nós estamos chegando ao fim, o que é uma boa notícia."
Ao ser questionado se as gravações são para o novo álbum do U2, Adam disse: "Sim. Eu não posso dizer quando será lançado, mas eu posso dizer que nós estamos esperando que ele seja finalizado antes do final do verão, o que seria ótimo. Estamos muito animados sobre isso, e nós também queremos lançar este registro o mais rápido possível. Mas eu não quero antecipar nada até que eu saiba que esteja realmente terminado."

Já no programa The Late Show, Adam voltou à falar do novo disco do U2: "Nós estamos trabalhando para conseguir terminar o álbum neste verão, e esperamos ter algo lançado até o final do ano. Esse é o nosso plano. Eu acho que é o nosso 13º álbum. Queremos fazer que as músicas realmente contem, e elas estão ficando melhor com o tempo."

Do site: @U2

U2 em L/R: "Beautiful Day"


O músico Márcio Fernando é fã e colaborador do blog!

Hoje ele disponibiliza os áudios dos canais separados da faixa "Beautiful Day" do disco 'All That You Can't Leave Behind':

No canal R de "Beautiful Day",a introdução é do jeito que conhecemos. Podemos ouvir em destaque os backing vocais de Edge no refrão, bem nítidos. A guitarra também aparece bem audível e dividida assim como os efeitos. Dá pra ouvir cada detalhe da canção.
No final da canção neste canal, não tem o som da guitarra de Edge que fecha a faixa. Ouvimos Bono murmurar alguma coisa, e há alguns efeitos de fundo bem interessantes! Um "final alternativo" para "Beautiful Day".

Beautiful Day R


No canal L de "Beautiful Day" podemos ouvir uma introdução diferente! O teclado é destacado. A guitarra do Edge ou aparece no L ou no R. Ela está bem dividida, hora a base no R, hora a distorção do refrão no L. São muitos efeitos notados neste canal.
Quase não ouvimos os backing vocais neste canal. A canção é muito diferente ouvida aqui. A voz de Bono é bem nítida.

Beautiful Day L

A animação alternativa de "Even Better Than The Real Thing" na turnê Popmart

O U2 escolheu como registro oficial da turnê Popmart, o show de 3 de dezembro de 1997 no Foro Sol Autodromo, Cidade do México. Foi lançado em VHS e DVD.
Preste atenção nas imagens exibidas no telão. A canção se inicia com imagens da banda no palco, e a primeira animação mostrada é a lata de refrigerante sendo virada, com o líquido preenchendo toda a tela:


No show de São Paulo, transmitido pela MTV, que aconteceu em 31 de janeiro de 1998, a mesma sequência foi utilizada. Preste bem atenção nas animações durante toda a execução da música:


Já o vídeo abaixo é da apresentação da Popmart Tour do U2 em Colônia, Alemanha, em 27 de julho de 1997. As três canções apresentadas são "I Will Follow", "Gone" e "Even Better Than The Real Thing". Esta última, se inicia aos 7 minutos e 20 segundos.
Note que a sequência de vídeo que aparece no telão durante a performance, é uma versão alternativa da animação utilizada mais tarde na turnê, que pode ser vista nos shows do México e Brasil.
Uma outra edição da animação era mostrada na introdução da canção, e somente depois vinha a sequência com a lata de refrigerante. Durante a execução da canção, a animação também é bem diferente:


A banda utilizou esta primeira sequência de animação em parte da turnê de 1997, e depois resolveram editar outra animação para o restante das datas de 1997, e todo o ano de 1998!

Colaboração: Bernardo Cardoso - U2 Frases

O acidente com o coelhinho da Playboy na capa de POP do U2

Muitas vezes, os fãs lêem as coisas em capas do U2 que não foram necessariamente intencionais.
O álbum 'POP' apresenta uma canção chamada "The Playboy Mansion". Depois do lançamento do disco, a AMP Visual, responsável pela arte das capas do U2, recebeu fax atrás de fax, de pessoas da Revista Playboy que queriam saber por que haviam usado seu logotipo e o que estavam tentando dizer. Seria uma referência à "The Playboy Mansion"?
A empresa estava ciente do título na canção, mas não sobre o logotipo! E quando foram examinar a capa, descobriram que isso só acontece se você olhar atentamente para a foto dos olhos de Larry e virar a imagem de lado. As sombras fazem parecer como se tivessem "escondido" o logotipo da Playboy sobre um olho! Brilhante, mas completamente acidental!

terça-feira, 29 de abril de 2014

U2 em L/R: "The Playboy Mansion"


O músico Márcio Fernando é fã e colaborador do blog!

Hoje ele disponibiliza os áudios dos canais separados da faixa "The Playboy Mansion" do disco 'POP':

A introdução no R muda também, a primeira batida de Larry está presente, mas não há o som da guitarra de Edge. Durante a música a guitarra com efeitos está presente, mas a guitarra base não é ouvida neste canal. Os efeitos do som são mais destacados neste canal, abafando mais o vocal e backing vocal.

Playboy R


No L, a introdução da canção começa sem a primeira batida da bateria do Larry. Não ouvimos o som da guitarra slide do Edge. Há apenas o som da guitarra base. O L é despido de muitos dos efeitos de fundo. Com isso, a voz de Bono é muito mais audível. E o backing vocal de Edge no final é bem nítido.
Destaque para o som de baixo do Adam que fecha a canção, pois está totalmente sem o som slide da guitarra. Há alguns segundos sem som, pois os efeitos que finalizam a canção estão no outro canal.

Playboy L

A história por trás da gravação de "Pride (In The Name Of Love)"

Na estrada, o U2 está constante e informalmente trabalhando em novas idéias. Como por rotina, ensaios e passagem de som são gravados. Freqüentemente o gene de algo novo surgirá com a banda improvisando o seu caminho através de uma série de padrões de ritmo e mudanças de acordes.
De um ponto de vista musical, ao longo dos anos é assim que um número considerável de canções do U2 começou. "Pride" foi uma dessas. A banda tocava no Hawaii durante a urnê de ‘War’, em novembro de 1983. Seu engenheiro de som, Joe O’Herlihy, estava gravando a passagem de som. Ele se lembra de The Edge dirigindo uma série de mudanças de acordes.
Quando eles montaram o ritmo havia um erro, e a banda se apegou a ele, o deslize de alguém tinha dado um novo toque a peça e eles correram mais um pouco. Joe gravou o incidente em seu banco de memórias pessoal. Ele já havia aprendido a reconhecer esses momentos especiais. Quando chegou a hora de gravar 'The Unforgettable Fire', ele lembrou precisamente onde as raízes de "Pride" se encontravam.
As músicas do U2, muitas vezes procedem ao longo de trilhos paralelos. Por um lado, um conjunto de idéias musicais está tomando forma. Por outro lado, Bono e The Edge estão desenvolvendo bits de títulos, letra, refrões e qualquer outras sobras de idéias sugeridas. A inquietação real começa quando eles começam o processo de juntar esses elementos. Bono estava trabalhando em algo sobre Ronald Reagan. Ele tinha o título "Pride" em mente para isso, pensando sobre o tipo que vem antes da queda, a arrogância de pensar qual foi a característica dominante da política externa dos EUA durante a era Reagan. Mas não estava funcionando, e ele começou a ter a sensação de que teria que mudar a linha de pensamento.
Uma idéia pode assumir vida própria. Não irá funcionar do jeito que você quer. E então você tem que deixar tomar seu próprio caminho. A banda foi para o Chicago P. Musem e eles ficaram impressionados com a exibição dedicada ao líder dos direitos civis dos negros Martin Luther King, que tinha sido brutalmente assassinado enquanto ele estava na varanda do hotel em Memphis em 4 de abril de 1968. Dando ênfase ao tipo de orgulho que King tinha inspirado no povo negro, Bono sentiu que havia uma música completamente diferente a ser escrita.
O centro da música é uma série de imagens que têm o sentido de fotos granuladas enviadas de volta da linha de frente da resistência: “One man caught on a barbed wire fence/One man he resist/One man washed up on an empty beach/One man batrayed by a kiss.” Não há nenhuma indicação que Bono havia abandonado suas crenças religiosas, mas as referências são mais sutis aqui e há uma noção básica das contradições que cada vez mais qualificam o fervor que 'October' tinha revelado.
A gravação de "Pride (In The Name Of Love)" mostrou-se extremamente difícil. O U2 tinha feito uma música de fundo em circunstâncias mais relaxadas em Slane, mas quando eles se mudaram para Windmill Lane para terminar a gravação, não sentiram que estava boa. Eles aceleraram, reduziram sua velocidade e amontoaram overdub em cima de overdub, que ficou uma porcaria e eles sabiam disso. Com o tempo se esgotando e todos cada vez mais agitados, eles decidiram por fazer uma pausa. Eles concordaram por abandonar o que tinham feito em Slane e voltaram no dia seguinte para regravar a faixa a partir do zero.
Algumas vezes é a única forma de resolver um impasse numa gravação. Felizmente, nesse caso funcionou. Quase imediatamente eles souberam que "Pride" era matadora. Chrissie Hynde dos The Pretenders estava na cidade e apareceu no estúdio para ajudar nos backing vocais, embora os créditos se refiram a Mrs Christine Kerr (Chrissie era cada com Jim Kerr, vocalista do Simple Minds). Sem nenhuma surpresa, a canção se tornou o primeiro single de 'The Unforgettable Fire', lançado antes do álbum.

Agradecimento: ROSA - U2 MOFO

Como Howie B conheceu e trabalhou com o U2

Em matéria do The Independent, Howie B conta como conheceu e trabalhou com o U2, e de sua afinidade com The Edge: "Era 1994 ou 1995, algo assim, quando recebi um telefonema da Island Records dizendo que o U2 estava gravando um álbum experimental e estavam à procura de novas pessoas para trabalhar com eles. Fiquei surpreso que eles estavam interessados em mim, como eu era da cena dance music e estava o mais distante possível de guitarras.
Eu não diria que eu era um grande fã: eu não possuo seus álbuns, mas eu conhecia todas as suas grandes canções. Quem não conhece? Então, em muitas maneiras, eu era um virgem do rock, mas o virgem mais faminto que você poderia imaginar! Para mim, música é vida, e enquanto estou fazendo boa música, com boas pessoas, não importa se está vindo de um violino ou de um violão. E eu sabia que o U2 era especial, no topo de seu jogo. Eu estava animado.
Tomei o avião para Dublin para conhecê-los imediatamente. Deve ter sido aproximadamente três ou quatro dias que podem ser registrados como os mais importantes na minha carreira, e que foi provavelmente o mais importante de tudo, aquela definição. Eu estava prestes a entrar em um estúdio onde Brian Eno e U2 estavam me esperando! Eno foi o homem que me tinha dado a minha carta de condução, uma grande inspiração, e U2 era a maior banda do mundo. Eu precisei tomar uma pint de Guinness, antecipadamente, apenas para acalmar um pouco.
Mas eles eram grandes, então voltando para a terra, houve uma faísca entre nós rapidamente. Fizemos todos os "olás" e, em seguida, eles foram direto ao assunto. "O que você pode fazer por nós?", foi o que eles queriam saber, e o que eu gostei sobre eles era o seu desejo de correr riscos, para ouvir novas idéias. É como se eles comessem morangos um dia, no próximo, amoras-pretas, e depois bananas. Eles não comem a mesma maldita fruta todos os dias! Eu amei essa abordagem, e o trabalho que fizemos juntos foi o melhor trabalho que já fiz.
The Edge tem a mente musical mais surpreendente. Ele sempre tinha um ditafone com ele, gravando tudo o que fizemos, 8, 10, 12 horas por dia, cinco dias por semana. Então nós estávamos trabalhando em algo quando ele dizia: "que tal voltamos para o riff que gravamos há três semanas, na quinta-feira, cerca de 4 da tarde?" E ele ia procurar para encontrá-lo! Eu tenho que te dizer, mudou a maneira em que eu trabalhava como produtor. Eu pensei comigo mesmo: "Eu vou comprar um bloco de notas! Eu vou manter notas também!"
Depois de 'Pop', me convidaram para sair em turnê com eles, e nós realmente nos juntamos. Eles se tornaram meus amigos mais próximos, todos eles. Ainda mando poemas e haikus para The Edge o tempo todo, estamos sempre em contato. Eu vou visitá-lo de férias com sua esposa e filhos, como se fosse parte da família. Eu estava lá no seu aniversário de 40 anos e 50 anos, e eu vou estar lá no seu 60."

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Como o U2 conheceu e trabalhou com Howie B

Em matéria do The Independent, The Edge conta como o U2 conheceu e trabalhou com Howie B: "Deve ter sido em meados dos anos 90. Estávamos fazendo um registro experimental chamado Passengers, com Brian Eno na produção, e Howie foi recomendado para nós como um colaborador em potencial, porque estávamos em uma fase de exploração, à procura de algo diferente para nos inspirar. Howie, é seguro dizer que nos inspirou. Ele tinha por trás, a dance-music, cultura club, e nós estávamos fascinados por aquela cena. Nós amamos o que ele fez musicalmente, mas nós também amamos o próprio homem, sua atitude. Ele tem este entusiasmo contagiante.
Ele estava assustado com a idéia de trabalhar com a gente, acho que somos muito mais fáceis do que a maioria das pessoas imagina. Você tem que lembrar que o U2 começou em uma garagem, então nós somos uma banda de garagem por excelência. Nós realmente não mudamos em nossa abordagem de trabalho desde então, então nós somos bons em desarmar pessoas que vêm até nós, porque não há nenhuma preciosidade; todo mundo faz parte da equipe. O que procuramos em colaboradores são pessoas que têm uma reserva de autoconfiança e resistência, otimismo. Howie tinha tudo isso, e a energia mais propulsiva.
Ele passou a trabalhar com a gente no POP [1997], e ele nos custou uma fortuna! Ele nos encorajou à usar todos aqueles samplers, que ficamos felizes em fazer, mas nós somos uma banda grande. Nós não podemos estar usando samplers sem polir primeiro, sem irmos em todas estas editoras e gravadoras e dizer: "com licença, estamos usando um pequeno bit de uma das suas músicas." Tivemos que pagar muito dinheiro – mas não nos importamos, valeu a pena. Foi uma ótima oportunidade para começar a trabalhar de uma forma completamente diferente.
Ele excursionou na PopMart Tour com a gente, o que realmente consolidou nossa amizade. Nós apresentávamos à ele as nossas atividades noturnas favoritas, e ele fez o mesmo com nós: pequenos bares em Tóquio, os pubs do sul de Dublin.
Lembro de uma data da turnê em particular. Foi em Nuremberg. Estávamos nos preparando para o show – Howie foi discotecar antes nosso set – quando ele entrou no camarim, branco como uma folha. Ele não pôde falar por alguns minutos. Eventualmente, ele nos disse especificamente onde estávamos: o estádio de Albert Speer, onde tantos comícios nazistas foram colocados lá, e onde Hitler fez alguns de seus maiores discursos. Howie é judeu, então ele surtou. Seu set depois foi incrível, embora cada canção tinha um subtexto, e ele terminou com Three Degrees e a canção "When Will I See You Again". Estávamos sentados nos bastidores ouvindo. Foi muito comovente.
Estamos em contato o tempo todo, e ele nos visita muitas vezes nas férias. Tivemos muita diversão em um monte de lugares exóticos: Hotéis japoneses na base do monte Fuji; estâncias de esqui nos Alpes; e Dublin, claro – sempre Dublin."

Maria McKee fala sobre sua ligação com Bono e conta histórias dos tempos de U2 e Lone Justice juntos

Uma das faixas inéditas de algumas edições de 20° aniversário de 'Achtung Baby' é “Everybody Loves a Winner” (Edit Between Take 2+3), que é uma versão do U2 de 20 anos atrás, para a canção original “Everybody Loves a Winner”, de William Bell, lançada no ano de 1967.
Ela foi gravada em janeiro de 1989, quando o U2 entrou no STS Studios, em Dublin, para gravar uma série de canções covers para utilizar como lados b nos futuros singles programados para aquele ano.
Duas destas canções gravadas, "Fortunate Son" e "Everybody Loves a Winner", tiveram a participação de Maria McKee. Foi ela que deu a ideia de fazer estes dois covers, e também foi ela que ensinou Bono à cantar a música "Everybody Loves A Winner".
Maria McKee, cantora de Los Angeles, ficou muito conhecida com seu single "Show Me Heaven". Mas ela também era a vocalista da célebre banda americana Lone Justice, que abriu shows do U2 nas turnês de 'The Unforgettable Fire' e 'The Joshua Tree'.
Ela falou sobre esta fase, em entrevista certa vez para o site oficial do U2: "Eu não costumo pensar muito no Lone Justice, porque eu vivi muitas vidas desde então. Mas minha relação com o U2 está sempre presente. Sou próxima de Bono e Ali, dediquei uma década inteira vivendo na Irlanda. É minha segunda casa.
Tudo começou quando Jimmy Iovine estava produzindo nosso álbum e começando à nos gerenciar, e ele também trabalhava com o U2. Foi na época do 'Under A Blood Red Sky' será? Bono tinha nos visto na televisão e ele gostava da expressão espiritual e a música, e ele amava minha voz, então disse à Jimmy que ele queria nossa banda para abrir os shows do U2 quando eles iniciassem a parte norte-americana da turnê.
Acabamos fazendo estas turnês e viajamos juntos por vários anos. Éramos como uma família.
Eu me conecto com Bono e Ali em um monte de níveis: espiritual, musical. Bono me faz rir, é hilário, e eu posso ser bastante espontânea, também. Então, há um monte de humor criativo e química.
Mas quando você olha para trás, você vê que as estrelas se alinharam de uma maneira, que fez tudo fluir muito magicamente . Não foi só com a banda a ligação. Lembro-me de chegar a Dublin pela primeira vez, que parecia Paris nos anos vinte. Havia muita coisa acontecendo.
Final dos anos 80, começo da década de 90. Nada além de bons momentos, todos os dias. Ou estávamos tocando música, ou indo a uma festa que duraria por dias, ou correndo ao redor do pastoreio de ovelhas do país e, em seguida, indo tomar uma cerveja irlandesa. Nós nos divertimos muito.
Eu dividi o palco com o U2 algumas vezes. Bono de repente dizia ao Dennis, o gerente de palco: 'Vá pegar a Maria!', no meio de "40" ou "People Get Ready", talvez. Eu estava em algum lugar nos bastidores e Dennis chegava, com o rosto todo vermelho, e dizia: 'Maria, Maria, Bono quer você no palco, agora!', e então tinhamos que correr e correr - estávamos fazendo estes shows em grandes arenas - e quando eu chegava no palco eu já estava sem ar.
E às vezes, quando o Lone Justice tocava "Sweet Jane", Bono do nada aparecia no palco.

Uma vez, o U2 estava tocando três noites em Dublin no RDS. Nós fomos escalados para o show da primeira noite, mas não para a noite seguinte. Eu estava me preparando para ir dormir, e estava no banho, e o telefone tocou: "Bono quer você agora!" Então eu tive que sair da banheira e no táxi e ir direto para o local e correr até o palco.
Aquela noite foi muito divertida. Ele me apresentou como sua segunda esposa!
Anos depois, resolvi escapar do negócio da música e ficar longe das pressões. Eu tinha feito um álbum solo, mas as pessoas na América queriam o Lone Justice. O álbum foi recebido muito bem, mas as pessoas diziam que haviam perdido a banda. Então eu fiz um show em Dublin no Mother Redcaps, e foi lendário. Todo mundo estava lá: os meninos do U2, todos do Hothouse Flowers, alguns do Waterboys. REM estava na cidade e alguns deles vieram. As pessoas faziam fila em volta do quarteirão. Foi uma noite mágica, e eu pensei: "Eu vou ficar nesta cidade!"
Não visitei os Estados por um ano e meio. Eu fiquei na casa do Adam Clayton, no início, até que ele se cansou de mim. Comecei a ir e vir, mas pensava em Dublin e na minha casa. Eu tenho três afilhados na Irlanda. Então vou e volto."

Segredos Revelados: a canção "Luminous Time (Hold On To Love)"

A banda estava em forma prolífica durante a corrida para a finalização de 'The Joshua Tree'. Não era apenas porque eles estavam produzindo um monte de músicas novas: a contagem era de alta qualidade e, como resultado, algumas faixas soberbas não couberam no álbum. "Luminous Time" foi uma, uma peça conduzida por um piano, que apareceu no single de "With Or Without You", que foi para o No.1 nas paradas no EUA.
As letras em 'The Joshua Tree' em si são mais finamente fundidas.
"Luminous Time" soa improvisada, mas há uma honesta qualidade emocional que passa por ela, que é extremamente impressionante. "Eu me lembro na época", The Edge explica "de dizer: Brian, olhe, eu acho que este é tão boa como qualquer outra coisa do álbum, e eu acho que devemos trabalhar nela." E Brian disse: "Eu acho que provavelmente você está certo, mas eu não acho que podemos. Então relutantemente, nós não iremos terminá-la neste momento."
Mas nem Brian Eno e nem Daniel Lanois estavam com o U2 quando "Luminous Time" foi finalizada, e foi um Lado B de uma fase infernal, quando Bono se esforçava para chegar a um acordo com as complexidades e contradições do amor.
"Naquela época, Bono ficou fascinado com o blues imaginário e mitologia americana", afirmou Edge. "Mas havia algo mais acontecendo nessas canções retorcidas de amor que eu estava escrevendo, como "With Or Without You" e "Luminous Time". Elas são mais européias".

domingo, 27 de abril de 2014

Bono conta a história que inspirou a letra de "Miss Sarajevo"

Bono conta a história que presenciou, de um concurso de beleza na devastada cidade da Bósnia durante a guerra, que o inspirou à escrever a canção "Miss Sarajevo", de 1995: "Eu só acho que você tem que ser esperto sobre a maneira como você aborda os mesmos pontos. Eu tentei antes de assumir estes assuntos de frente, e eu aprendi uma lição.
A faixa "Miss Sarajevo" é sobre um concurso de beleza que eles realizaram naquele local. Eles transformaram este abrigo em uma discoteca e eles simplesmente tocavam música em volume ensurdecedor para abafar o som das bombas, e, você sabe, eles assistiam a MTV, que tocava nossa música e música de outras pessoas.
Havia uma mulher que assim que o bombardeio ficava muito ruim, ela ia para a casa, e ela ia fazer música, ela sabia tocar, praticava as escalas.
Então colocaram ela neste concurso de beleza com outras meninas. Elas queriam usar a beleza delas, como arma para se defenderem e entravam no palco com uma faixa: "Vocês realmente querem nos matar?". Foi um grande ato surreal de rebeldia."

sábado, 26 de abril de 2014

Pelo lado mais técnico: a compressão nas canções do U2

O músico Márcio Fernando (da página U2 SONGS do Facebook), é colaborador e seguidor aqui do blog!

Na matéria de hoje, Márcio explica sobre compressão nas canções do U2, de 'Boy' à 'No Line On The Horizon'.

Para entender: nas imagens, são mostrados os canais L/R, e bem do lado esquerdo da imagem o 'dB' numerados com o sinal de menos (-), -3, -6, -9, -12 (dá para notar que em "Breathe" o áudio está bem no limite do 0 dB para não clipar, distorcer o som).

De 'Boy' até 'War', o produtor era o Steve Lillywhite, e dá para sentir que ele trabalhava com volumes amenos, nas oscilações do movimento das gravações. Pode-se ver que o som era mais agressivo, dá pra ver a dinâmica no gráfico, porém devido ao volume baixo das gravações, era possível identificar vários instrumentos que compõem as músicas.

TWILIGHT

FIRE

SECONDS

GLORIA (LIVE UNDER A BLOOD RED SKY)

No álbum 'The Unforgettable Fire', dá para notar o tipo de som e o diferente tratamento musical que a dupla ENO/LANOIS direcionaram para o U2.  Um áudio mais ambiental (devido ao estilo do ENO), bem suave aos ouvidos.

INDIAN SUMMER SKY

RED HILL MINING TOWN

Foi assim até 'Rattle and Hum' com o produtor Jimmy Iovine, que manteve a suavidade nos níveis das músicas.

LOVE RESCUE ME

Já em 1991 no álbum 'Achtung Baby', o U2 trabalhou muito com diferentes instrumentos nos canais L/R e manteve a serenidade de volumes até o álbum 'Zooropa'.

ZOO STATION

SOME DAYS ARE BETTER THAN OTHERS

Já no álbum' POP', ouvimos a banda reclamar muito que lançaram o disco na pressão, com atrasos e que eles gostariam de ter tido mais tempo para as mixagens, e você pode ver que o gráfico mudou muito. "MOFO" é uma grande música, mas é agressiva demais aos ouvidos. Você tem de baixar ela num volume considerável para poder 'entendê-la'.

MOFO

Ali tem muito teclado sintetizado, sequenciado, a guitarra do Edge em agudos sem limites, com uma forte distorção e usando o pedal WHAMMY da marca DIGITECH para a nota que ele toque fique 2 oitavas mais aguda. Sem dúvida que o álbum foi gravado no volume máximo e comprimido para que não distorcesse.
Tanto que o fato é verdadeiro que é só acompanhar o próximo print do 'All That You Can't Leave Behind'. Na música "Elevation", que é ROCK PURO, ainda assim trabalharam com volumes amenos. Ao escutá-la podemos identificar vários adicionais de guitarras, teclados e sons de sintetizadores ao longo do álbum.

ELEVATION

Agora, à partir de 2004 no álbum 'How To Dismantle An Atomic Bomb' e em 2009 em 'No Line On The Horizon', podemos ver que os produtores abusaram do compressor. 

ALL BECAUSE OF YOU

BREATHE

Quase todas as músicas do álbum estão comprimidas de uma forma tão grande que tudo é muito alto, tudo é absurdamente no 'MÁXIMO'. Não sei realmente o porque disso, perde-se muito na qualidade das músicas utilizando compressores, pois você faz seu instrumento atingir o limite do volume máximo e então você o comprime para que ele fique nos padrões dos 0 (ZERO) decibéis.
Eu vejo isso como tentar fazer um elefante em 100% do seu tamanho, entrar numa caixa que seja 80% do tamanho dele.
Mesmo assim, amamos nossos queridos Bono, The Edge, Adam & Larry da mesma forma. Só não entendo o porque do volume ser tão alto.
Faça um teste. Ouça com fones de ouvidos num volume um pouco alto "Twilight" ou "I Will Follow" do álbum, e depois "Breathe" ou "All Because Of You" sem mexer no volume.
Aposto que no mesmo volume você não aguentar, vai sentir a diferença!

Márcio Fernando - músico, fã do U2, guitarrista da U2 Songs, seguidor e colaborador do Blog U2 Sombras e Árvores Altas.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Bono se considera um dos pioneiros do mullet

Em uma entrevista em uma TV alemã no ano 2000, o entrevistador perguntou para Bono se ele se considerava um pioneiro, musical ou de outra coisa.
Bono então respondeu: ""Eu certamente me considero um dos inventores do mullet. Eu acho que se trata de mim ou Patrick Swayze."

Mullet é um corte de cabelo curto na frente em cima e no lados e longo atrás. Foi muito popular no início dos anos 1980 até o início da década de 1990.

No especial 'A Year In Pop', de 1997, logo nos primeiros segundos, Bono comentou sobre o fato: "Acho que já é hora de dizer, que tive um dos piores cortes de cabelo dos anos 80. Inspirou vários jogadores da 2° divisão do campeonato de futebol. Quando revejo aquelas imagens, penso: "Meu Deus!" Mas a verdade, sendo absolutamente sincero, é que me achava parecido com David Bowie. "

ASSISTA AO VÍDEO DO ESPECIAL ONDE BONO FALA SOBRE SEU CORTE DE CABELO:


U2 em L/R: "Love And Peace Or Else"


O músico Márcio Fernando é fã e  colaborador do blog.

Hoje ele disponibiliza os áudios dos canais separados da faixa "Love And Peace Or Else" do disco 'How To Dismantle An Atomic Bomb':

A introdução da música em cada canal é diferente! No L é um tipo de teclado, e não tem os vocais com efeitos. No R, o teclado é outro, e os vocais processados são ouvidos.
No L, o vocal de Bono na música é bem limpo e nítido. No R, o vocal de Bono tem eco.

Love And Peace R


Love And Peace L

Segredos Revelados: a instrumental "Things To Make And Do"

"Uma canção instrumental dos nossos 'early days', gravada durante as sessões de gravação de 'Boy' e lançada como Lado B no single de "A Day Without Me", produzido por Steve Lillywhite e lançado em agosto de 1980. Era o momento nos nossos shows nos clubes, que Bono poderia recuperar o fôlego", explicou The Edge sobre a faixa.
"Isso foi muito mais um título gênero do dia", The Edge ri. "Haviam muitas músicas com esse tipo de título."
Naqueles 'early days', quando suas costas eram colocadas contra a parede, o U2 tendia a produzir instrumentais caprichosas. "Ninguém mais estava na cidade e precisávamos de um B Side", Edge lembra. "Então, eu apenas fiz isso na cassete 4-track, sozinho, na sala de ensaios. Terminei, enviei ela pro estúdio e fui embora."

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O áudio da versão inédita de "She’s A Mystery To Me" com Bono e Roy Orbison

O LP Roy Orbison "Mystery Girl" foi lançado em 1989.
Bono e Edge escreveram a música "She’s A Mystery To Me" para presentear Roy Orbison. Ele aceitou gravá-la e convidou Bono para tocar guitarra e produzir essa mesma faixa.
Ela foi gravada para esse seu último álbum de estúdio, pouco antes de seu falecimento. O álbum foi lançado logo depois de sua morte.
"Ele era um verdadeiro inovador, realmente um grande cantor", disse Bono. "Os verdadeiros rebeldes pra mim, sempre têm boas maneiras. Elvis, você sabe, e Roy, Roy era um verdadeiro cavalheiro. E isso é uma coisa assustadora em um homem, você sabe o que quero dizer? Um homem que é tão seguro de si que ele pode ser gentil."
Em celebração pelos 25 anos do lançamento, chega às lojas em 20 de maio uma nova edição do álbum.
Um dos bônus desta edição é uma versão demo de estúdio de "She’s A Mystery To Me", com a participação de Bono!
Abaixo, um áudio desta versão inédita, que é uma tomada ao vivo de Orbison, Bono e o baterista Jim Keltner, que podem ser ouvidos trabalhando a música no estúdio. Você pode até ouvir Bono ajudando Orbison no segundo verso. Bono tinha mudado a letra dessa seção várias vezes. Bono também ser ouvido dizendo "Go Jim!", para Kelner.

Áudio: Bono em show de David Bowie no ano de 1990

No Richfield Coliseum, em Cleveland, no ano de 1990, David Bowie fez um show pela sua Sound + Vision Tour.
Na última canção do show, um cover da canção "Gloria" de Van Morrison, emendada em "Jean Genie" do próprio Bowie, o cantor disse: "Vocês sabem, essa é uma canção escrita por um irlandês, e eu tenho a impressão que soaria melhor se eu tivesse aqui também um cantor irlandês. Que tal o Bono?"
E assim, o vocalista do U2 entrou no palco para a performance junto com Bowie!


Agradecimento pela colaboração: Bernardo Cardoso - U2 Frases

A história do videoclipe de "I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight"

A nova matéria do blog para o Fã Clube UltraViolet Brasil (www.ultraviolet-u2.com) já se encontra disponível para leitura!

O link original abaixo:

O LINK DA MATÉRIA NO SITE DA ULTRAVIOLET

Com o jovem diretor irlandês David O'Reilly à bordo e belas obras de arte fornecidas pelo designer Jon Klassen, seis emocionantes semanas de produção aconteceram no Lumiere Studios em Londres em 2009 para o videoclipe de animação do U2, da canção "I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight", da produtora Colonel Blimp.
A banda assistiu seu curta-metragem online de 10 minutos, 'Please Say Something', e rapidamente entrou em contato para ele ajudá-los em um novo vídeo.
Sobre as idéias para a história e conteúdo, David comentou: "A banda realmente quis que eu fizesse minhas próprias coisas. A banda respeitou o espaço criativo e foram muito favoráveis sobre as minhas ideias sobre o video."
O videoclipe retrata várias pessoas em uma cidade passando por dificuldades, e os acontecimentos que são interligados e levam à felicidade, quando eles decidem realizar mudanças em suas vidas. O vídeo foi inserido no Festival Internacional de Animação de Ottawa.
Jon Klassen trabalhou a direção de arte, design de produção e arte conceitual, enquanto Chris Hutchison, Danielle Brown e Steve White trabalharam na animação. Steve White forneceu a animação extra.
O prazo de seis semanas para criar personagens animados para um vídeo de 4 minutos, foi e sempre será um desafio, mas com o diretor no local dia e noite e uma equipe de animadores dedicados, trabalhando com paixão e crença no que eles estavam criando, todos sabiam que iria acontecer.
Da modelagem, texturização e aparelhamento de animação e composição, o Lumiere Studios manteve-se em consonância tanto com a agenda, quanto com a expectativa do diretor; o que permitiu à todos algo importante, que foi voltar e ajustar o final.
David foi convidado para assistir um show da turnê 360°, e revelou: "Eu conheci lá, um dos meus cineastas favoritos de todos os tempos, e tive sorte o suficiente para ser apresentado à ele pelo próprio Bono. A banda é muito legal, você sabe, o povo mais amigável, mais humilde e mais inspirador que eu poderia conhecer."

A história do videoclipe de "I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight":

Um jovem rapaz em fuga está sentado em um trem e recebe uma chamada em seu telefone celular. É sua mãe, uma enfermeira. Ele ignora, e ela sai chorando no hospital. Enquanto isso, uma garota de um lar desfeito, um pai embriagado, está embalando seus pertences em duas únicas malas, e ela também se prepara para fugir, enquanto um homem sem-teto fora da estação de trem tenta procurar abrigo quando começa a chover. A enfermeira sai do hospital e uma jovem garota é mostrada tirando cópias em uma máquina de xérox, de um panfleto de um cão perdido, e na chuva cola eles sobre anúncios para um próximo show do U2.

O cão encontra o sem-teto que tem uma ideia, e elabora um teatro de "cão vagabundo dançando" na tentativa de ganhar algum dinheiro, com pouco sucesso.
A garota fugitiva caminha contra o vento e chuva sem proteção, quando a enfermeira encosta e oferece-lhe uma carona, examinando alguns ferimentos leves no rosto dela, causados por outra pessoa. A menina adormece no carro, e a enfermeira lembra-se de seu filho, que encontrou o homem sem-teto e o cachorro perdido no trem.
Imaginando-se ficar nessa mesma condição, ele corre para fora do trem na tentativa de encontrar a sua mãe, deixando o sua mochila para trás. Enquanto o homem descobre o conteúdo da mochila, o cão vai atrás do rapaz e corre para a garota com os panfletos, que está encantada por ter encontrado o seu animal de estimação novamente.
O garoto continua em seu caminho e passa por um café. Ele é visto por sua mãe e a menina em fuga, que estavam sentados lá dentro. Sua mãe corre para a porta e chama por ele, levando-o a parar e olhar para ela.
O vídeo termina com cenas de cada personagem mostrando o alívio e a felicidade que todos encontraram. A garota em fuga encontrou abrigo da chuva e calor, a garota com os panfletos encontrou seu cachorro perdido, o sem-teto tem comida, e o menino e sua mãe têm um ao outro.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

The Edge diz que "Hallelujah, Here She Comes" não cabia em 'Rattle And Hum'

Quando a turnê de 'The Joshua Tree' terminou, o U2 fez uma pequena pausa, e então começou o processo de escrever novo material para 'Rattle And Hum'. Eles se retiraram em um casa em Connemara, que pertencia à John Heather, e eles alugaram na ocasião.
"Hallelujah, Here She Comes" é uma destas canções de The Edge e Bono trabalharam na casa de John Heather em Connemara. É uma peça de um evangelho gospel rock.
Mas ela já existia antes disso: em junho de 1987 em show pela turnê de The Joshua Tree na França, Bono cantou um trecho da canção ainda inédita, durante a performance de "Bullet The Blue Sky".
Esta sessão produtiva de composição em Connemara rendeu além de "Hallelujah, Here She Comes", as canções "Hankmoon 269", "Desire" e o início de "Angel Of Harlem".
""Hallelujah, Here She Comes" simplesmente não parecia caber no álbum", disse The Edge. Sendo assim, ela foi parar no lado b de "Desire", lançado em setembro de 1988.

Video: U2 se aquece para o concerto no Croke Park, tocando "Sunday Bloody Sunday" sem a presença de Bono

U2 ensaia uma versão instrumental (sem a presença de Bono) de "Sunday Bloody Sunday" antes do concerto no Croke Park, Irlanda, em junho de 1985.
Este video foi retirado do especial "U2 Wide Awake In Dublin" que foi transmitido pela RTE, no Natal do mesmo ano.


Colaboração: Bernardo Cardoso - U2 Frases

Quando o U2 quase se separou em 1981

O álbum 'October' refletiu o momento em que o U2 quase se desfez devido à dedicação de Bono, Edge e Larry ao Cristianismo carismático, para o desapontamento de Adam e Paul McGuinness.
Edge, Larry e Bono estavam em dúvidas sobre se era legal para eles como Cristãos, dedicarem a vida a uma banda de rock."
"Era conciliar duas coisas que pareciam para nós, naquele momento, ser mutuamente exclusivas," diz Edge. "Nós nunca resolvemos as contradições. A verdade é esta. E provavelmente nunca iremos. Há ainda mais contradições agora.
Mesmo na época de 'October', o U2 resistia a falar em público sobre a sua Cristandade.
"Eu ainda estava muito nervoso com relação ao rótulo de Cristão," diz Edge. "Eu não tenho problemas com Cristo, mas eu tenho problemas com muitos cristãos. Este era o problema. Nós queríamos nos dar a chance de ser vistos sem isto pairando sobre as nossas cabeças. Eu não acho que estamos preocupados com isto agora. Também, naquela época estávamos passando pela nossa fase mais aberta, espiritualmente. Era incrivelmente intenso. Nós estávamos tão envolvidos naquilo. Foi uma fase das nossas vidas onde estávamos realmente concentrados naquilo mais do que em qualquer outra coisa. Exceto o Adam, que simplesmente não estava interessado."
O distanciamento de Adam do resto da banda naquela época era fácil de notar. O cara mais interessado na diversão em ser um rockeiro encontrou-se na ridícula posição de finalmente ver a sua banda ter um contrato de gravação, fazer turnês internacionais e começar a construir uma grande reputação - quando os outros três caras começaram a falar em rejeitar tudo aquilo. Adam não estava contente. Um amigo de Bill Flanagan tinha recentemente sido forçado a sair de uma grande banda estava passando uns tempos em sua casa, quando se deparou com 'October'. Ele olhou para a foto da capa, apontou para o Adam, e disse, "Este cara vai ser dispensado. Olha como os outros três estão formando um círculo e ele está fora."
Bill disse isto ao Edge e ele ficou surpreso. "Bem, ele estava errado, mas também estava certo," diz Edge sobre a análise do amigo do amigo. "Nós nunca cogitamos despedir o Adam. Isto teria sido completamente ridículo. Mas, eu acho que o Adam se sentia meio isolado, marginalizado durante aquele período. Não era a nossa intenção fazer aquilo, mas eu suponho que era inevitável que ele se sentisse um pouco como o cara esquisito."
Mesmo depois de Bono e Larry decidirem que estava bem continuar com o U2, por umas duas semanas em 1981 espalhou-se o rumor que Edge havia desistido. Bill Flanagan: "Eu lembro de um silêncio completo nas comunicações descendo sobre o acampamento do U2, ao final do qual eu recebi um telefonema da Ellen Darst dizendo que o fogo tinha se extinguido, o Edge continuava no grupo."
"Eu, na verdade, não abandonei a banda," diz Edge, "mas houve um período de duas semanas em que eu coloquei tudo em espera e disse: 'Neste momento, em minha consciência eu não consigo continuar nesta banda. Portanto esperem. Eu quero me afastar e pensar sobre isto. Eu apenas preciso de umas duas semanas para reavaliar para onde estou indo e se eu posso realmente me comprometer com esta banda ou se este é simplesmente o momento para eu me afastar." Porque nós tínhamos muita gente nos nossos ouvidos dizendo: 'Isto é impossível, vocês são Cristãos, vocês não podem estar numa banda. É uma contradição e vocês têm que ir por um caminho ou por outro." Eles disseram muitas coisas piores do que isto também. Então eu queria apenas descobrir. Eu estava enjoado de pessoas que na verdade não sabiam e eu sem saber o que era certo pra mim. Então eu tive duas semanas. Em um ou dois dias eu simplesmente soube que aquilo era bobagem. Nós eramos a banda. Ok, é uma contradição para alguns, mas é uma contradição com a qual eu sou capaz de viver. Eu simplesmente decidi que eu ia viver com isto. Eu não ia tentar explicar porque eu não podia. Então eu segui em frente a partir daquele ponto, e foi ótimo no sentido de eu me livre de todas aquelas idiotices. Era tipo: 'Acabou-se. Certo, esta banda vai em frente, não há dúvida na cabeça de ninguém.' Então fomos em frente.
"Eu lembro de caminhar pela praia e dar a notícia para o Bono. 'Ouve, amigo, eu realmente preciso pensar sobre isto. Eu não consigo ir em frente se eu não conseguir entender.' Ele tipo que olhou pra mim e eu pensei que ele ia sair da real, mas na verdade ele disse: "Ok, tudo bem. Se você não está a fim, não está a fim. Nós vamos desfazer a banda. Não faz sentido irmos em frente.' Eu acho que ele se sentia exatamente como eu, simplesmente queria saber que caminho seguir. Então, uma vez tomada a decisão, seria assim, não haveria mais dúvidas, não haveriam mais questionamentos. Não haveria mais aceitar o conselho dos outros. Este era o caminho que tínhamos escolhido."
"Eu acho que mudamos muito as nossas atitudes desde aquela época," diz Edge. "A fé central e o espírito da banda é o mesmo. Mas eu tenho cada vez menos tempo para a legalidade. Eu apenas vejo que vivemos uma vida de fé. Não tem necessariamente nada a ver com as roupas que você veste ou se você bebe ou fuma ou com quem você convive ou não convive."

Do livro: U2 At The End Of The World, de Bill Flanagan

Tradução: Fórum Ultraviolet Brasil

terça-feira, 22 de abril de 2014

A versão de Kelsy Karter para "Ordinary Love" do U2

Kelsy Karter nasceu na Nova Zelândia. Mais tarde, ela se mudou para a Austrália, onde ela começou a estudar dança, atuar e cantar, com 3 anos de idade.
Ela começou com o balé, sapateado e acrobacias, e mais tarde partiu para jazz, hip-hop e contemporâneo. Kelsy também se destacou em instrumentos musicais. Ela estudou bateria, flauta e piano.
Kelsy gravou um videoclipe com uma performance de "Ordinary Love", do U2:

A origem do título da canção "Where Did It All Go Wrong?" do U2

A maioria das pessoas já ouviu esta história. Quando o jogador de futebol George Best estava no auge de seus poderes e sua fama com o Manchester United em 1971, ele estava hospedado em uma suíte luxuosa do Hotel Dorchester.
Ele tinha três lindas loiras num quarto com ele (e também há relatos que era apenas uma: a Miss Mundo!) e como eles entraram no espírito das coisas, o grande jogador de futebol na ocasião pediu para enviarem para o quarto, mais champanhe.
Best abriu a porta para o serviço de quarto em seu roupão. Um porteiro velho grisalho da cidade de Best, Belfast, trouxe o champanhe e abriu-o embaixo da mesa. Ele olhou para as mulheres lindas e seminuas, e Best abriu um maço de notas de dinheiro (libras) que ganhou em uma noitada no Cassino, e então o porteiro disse: "Mr. Best, where did it all go wrong? (onde é que as coisas deram errado?)"
"É uma história brilhante!", disse The Edge. "Nós só escrevemos a canção em torno daquela citação".
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