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terça-feira, 3 de março de 2015

Revisitando aquele lugar de juventude e inocência com a maturidade da vida

Na turnê Vertigo de 2005/2006, o U2 revisitou diversas canções de seu disco de estréia, 'Boy', lançado em 1980.
Adam Clayton: "O setlist da turnê Vertigo era desafiador, e o público se levantou para esse desafio. Nós tínhamos alguns setlists, que poderiam mudar de noite para noite. Nós estávamos tocando sete ou oito faixas do novo álbum e cinco ou seis músicas do 'Boy', as quais apenas os fãs mais fervorosos do U2 poderiam ter alguma familiaridade.
No final da turnê nós estávamos tocando "The Electric Co.", "An Cat Dubh / Into The Heart", "The Ocean", "Out Of Control" e ocasionalmente "Stories For Boys". Isso foi inspirado por um sentimento que todos nós tínhamos em comum. O jovem rapaz que passou toda a sua adolescência trabalhando para gravar o 'Boy', tinha agora passado 25 anos da sua maioridade trabalhando para fazer 'How To Dismantle An Atomic Bomb'.
Eu senti que de alguma forma nós tínhamos voltado para o mesmo ponto novamente, nós estávamos revisitando esse lugar de juventude e inocência com a maturidade da vida. Eu acho que isso faz muito sentido para onde nós iremos na próxima vez.
Uma coisa estranha. Era mais fácil lembrar de músicas que você tinha escrito e gravado há 25 anos atrás, do que se lembrar de qualquer coisa que você tenha feito nos últimos 15 anos. Quando você volta para esse lugar, você não leva pra lá algum tipo de confidência, e saber disso é muito bom. Quando você está lá, você se concentra tanto em criar, em apresentar e fazer tudo funcionar, que você não necessariamente aprecia a simplicidade e a objetividade disso.
"The Electric Co." realmente levantava a galera. Existem algumas coisas muito boas lá que você só consegue perceber quando tem 18 ou 19 anos. Os elementos eram absolutamente afiados, ao mínimo absoluto, do tipo que você precisa para se livrar disso. Depois as músicas se tornam um pouco mais complexas, no som e na produção, e então quando você as toca como seções musicais em três pedaços, elas nem sempre se encaixam direito."
The Edge: "Essas músicas estavam falando com a gente novamente, elas eram relevantes. O interessante é como elas apareceram. Alguns ensaios e nós já as tínhamos."
Larry Mullen: "Os primeiros materiais eram um pouco desafiadores. Naquele período eu tocava com pouco conhecimento do que eu estava fazendo. E essa é a beleza dessas primeiras músicas, as partes são meio que obscuras, simples e ingênuas. Eu queria tocá-las novamente com uma nova confiança, mas sem perder essa mágica. Foi legal reescrever uma pequena história."
Bono: "Eu me dei a chance de escrever algumas letras para as músicas do 'Boy'. Talvez nós tenhamos que regravá-las, agora que elas estão finalmente acabadas."
Paul McGuinness: "No começo do U2 havia uma falta de experiência, e eles compunham músicas melhor do que tocavam. A imaginação musical estava lá, mas a habilidade musical não estava. Mas eu me lembro o quão excitante isso era naquela época, e escutar essas primeiras músicas sendo tocadas novamente pelo U2 é incrível. A essência permanece e isso soa maravilhoso quando é tocado corretamente. Mas esse não era o principal hit do show. Se você somar o número de músicas daqueles dois últimos álbuns que foram executadas, mais da metade do show veio do século 21. E isso é uma homenagem à real força da banda. Eles nunca foram preparados para descansar em seus triunfos. E o novo material realmente brilhou completamente com sua paixão e poder."
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