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sábado, 30 de abril de 2016

Por Dentro de 'Bono e Eugene Peterson: Os Salmos'


Durante apresentações do U2, algumas vezes Bono cita trechos de 'A Mensagem', uma tradução da Bíblia com linguagem mais contemporânea.
Escrita pelo pastor presbiteriano aposentado Eugene Peterson, a versão (ou paráfrase, como preferem os puristas) bíblica, que usa termos "do século 21" está disponível em dezenas de países.
Em 2001, quando seu pai estava enfrentando uma doença, o cantor conta que lia os Salmos na versão de 'A Mensagem' para ele. Bono e Peterson se conhecerem em 2010, durante a turnê 360° Logo nasceu uma amizade que é o foco de um novo documentário, lançado esta semana.
Com cerca de 20 minutos, o média-metragem leva o título de 'Bono e Eugene Peterson: Os Salmos'. Trata-se de uma longa conversa entre o músico e o teólogo sobre a fé, sobre os 150 salmos apresentados no Velho Testamento, e a influência do livro nas composições que Bono assina. O líder do U2 já falou abertamente sobre seu cristianismo. Eles também conversam sobre o tempo que dedicaram, nos últimos 15 anos, ao estudo em conjunto dos Salmos, e o vínculo que essa paixão criou entre ambos.
A amizade entre os dois teria começado após Bono ler “Correndo Com Os Cavalos”. O livro de Peterson chamou a atenção do cantor, que comentou seu fascínio sobre a obra em um blog. A partir desse ponto, ambos começaram a trocar correspondências, que se tornaram longas conversas sobre questões diversas, sempre margeadas pelos Salmos.

Filmado na casa de Peterson, no interior de Montana, no ano passado, o material percorrerá inicialmente o circuito dos filmes de arte. David Taylor, produtor do filme, que também é professor de teologia, conta que trata-se de uma iniciativa do Centro Brehm de Culto, Teologia e Artes, ligado ao Seminário Fuller, na Califórnia.
“Nossa esperança é que, após assistir ao filme, as pessoas fiquem curiosas ou sintam-se inspiradas para ler os Salmos e descobrir este livro notável de poesia, parte das Sagradas Escrituras”, explica Taylor. Dirigido por Nate Clarke, é a primeira produção do Estúdio Fuller, sediado no Seminário.
Para seus idealizadores, pode ser uma ferramenta evangelística poderosa que deve atrair os fãs do U2, bem como mostrar para a igreja “a intersecção entre fé e cultura”. Algumas igrejas irão exibir o material e fazer discussões sobre o tema.
Bono vem falando cada vez mais abertamente sobre sua fé em Jesus Cristo e o impacto positivo que os cristãos podem e precisam causar no mundo.
No documentário, Bono afirma que quando lê os Salmos, enxerga naqueles versos de louvor a Deus toda a gama de emoções humanas, como raiva, tristeza, felicidade e irritação, dentre outros.
E nesse contexto, lembrando que os Salmos são uma inspiração para sua vida, Bono foi duro com o atual formato seguido pela música cristã contemporânea, sugerindo que os artistas que se dedicam a essa carreira se voltem à emoção crua e honesta dos Salmos: “O salmista é brutalmente honesto sobre a alegria explosiva que ele está sentindo e a profunda tristeza ou confusão”, disse Bono. “E muitas vezes eu penso: ‘Meu Deus, bem, por que será que a igreja não toca mais músicas assim?’”, revelou.
No mesmo contexto, Bono, novamente, lamentou a falta de sinceridade na cultura cristã moderna, e chegou a dizer que encontra, na verdade, “muita desonestidade” na arte cristã dos tempos atuais: “Eu adoraria se essa conversa inspirasse as pessoas que estão escrevendo essas lindas […] músicas gospel, escrevessem uma canção sobre seu mau casamento. Escrever uma canção sobre como eles estão chateados com o governo. Porque é isso que Deus quer de você, a verdade”, disse Bono.
“A falta de realismo é o motivo pelo qual eu desconfio dos cristãos. Eu gostaria de ver mais disso na arte, na vida e na música”, concluiu.

Fontes: Boa Informação - Gnotícias
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