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sexta-feira, 10 de março de 2017

U2 ao vivo no Facebook: as perguntas respondidas sobre os 30 anos de 'The Joshua Tree'


Dias atrás o U2 anunciou: "The Joshua Tree. 11 músicas, 11 perguntas, 11 minutos. Na quinta-feira, dia 09 de Março, se completará 30 anos desde o lançamento deste álbum icônico, e este dia será a sua chance de perguntar à banda com a hashtag #AskU2, qualquer coisa sobre o disco. A faixa favorita. Um momento das gravações. O show mais memorável. O melhor corte de cabelo de 1987. Poste suas perguntas usando a hashtag #AskU2 no Facebook.

Quinta-feira, 17:00 (horário do Brasil), Larry, Adam, Edge e Bono estarão ao vivo do estúdio no Facebook para responder às suas perguntas.

E assim, a banda permaneceu ao vivo em estúdio por 13 minutos respondendo as perguntas dos fãs, com The Edge como moderador,e Larry se esquivando de quase todas as perguntas! Confira as mais interessantes:

Pergunta: Qual música do álbum vocês estão mais ansiosos em tocar na The Joshua Tree Tour 2017?

Edge: Eu acho que na noite de abertura, "Where The Streets Have No Name" será excitante para mim.

Bono: "Running To Stand Still" é uma que nos ensaios quando eu canto, tem aquela coisa avassaladora.

Adam: Para mim, "One Tree Hill", eu realmente adoro aquela melodia, e nos lembra o nosso velho amigo Greg Carroll, que trabalhava para nós e faleceu durante as gravações do disco.

Larry Mullen: "Exit".

Pergunta: Cada álbum é inspirado por um par de calçados. Qual foi o que inspirou The Joshua Tree?

Bono: As botas de cowboy. Em Achtung Baby, teve alguns brothel creepers envolvidos (o sapato de solado reto de plataforma, conhecido como 'brothel creepers', foi criado para ser usado por soldados da Segunda Guerra Mundial). Mas em Joshua Tree foram as botas de cowboy. Eu fui vendedor de botas assim em uma loja em Dublin em 1976. Eu fui um vendedor de sapatos! Não tenho certeza se contei isso antes.

Edge: Em Boy, foram os sapatos dos Beatles.

Pergunta: Adam foi um bom anfitrião quando hospedou as gravações em sua casa?

Adam: Bom, ali ainda não era a minha casa, e quando estávamos na escola, ela ficava bem próxima. Quando começamos a gravar o álbum, comecei a perceber o quanto eu me sentia confortável naquele ambiente todo. Na época da escola, eu subia no muro para olhar por cima e ver o quanto era maravilhosa e o que estava acontecendo por lá, e então eu pude comprar a casa depois das gravações e então podia ver do outro lado.

Bono: Foi uma época incrível, maravilhosa, para todos nós. Foi um álbum muito agradável de se gravar, e nós pintávamos com Guggi, Gavin, toda quarta feira a noite, reuníamos os amigos. Tenho boas memórias da amizade daquela época, foi importante.

Edge: As gravações na casa foram importantes para nós, era muito inspirador, melhor do que estar trancados num estúdio frio com a luz vermelha acesa.

Pergunta: Bono, você pode nos descrever como você foi inspirado para escrever sua canção favorita do álbum, e como você se sentiu sobre isso.

Bono: É difícil apontar uma favorita. Uma diferenciada é "Bullet The Blue Sky". Sua performance é um compromisso, e eu tenho que voltar para dentro das canções as vezes. O sangramento se iniciou quando houve naquela época duas coisas importantes, o Live Aid e a turnê da Anistia Internacional, Conspiracy Of Hope, e nós estávamos no caminho vendo as coisas que estavam acontecendo de maneira errada no mundo, e então eu fui para El Salvador e começou a ter algumas situações lá onde vi muita brutalidade no tratamento do povo, pelo governo, e eu vi algumas coisas que não gostaria de ter visto, como corpos jogados para fora dos carros ao lado da estrada, e eu conheci estas mulheres cujos filhos estavam desaparecidos, e nós escrevemos "Mothers Of The Disappeared" em honra delas, então por causa daquela viagem, talvez são estas duas canções, "Bullet The Blue Sky" e "Mothers Of The Disappeared".

Pergunta do ator e comediante Chris Rock: Qual foi a canção que foi uma pena não ter entrado no álbum?

Adam: "Sweetest Thing".

Edge: Para mim tinha uma canção que não estava finalizada, estava quase terminada, "Heartland", que fez parte depois de 'Rattle And Hum'. Eu adoraria que tivesse entrado.

Bono: Uma canção chamada "Walk To The Water", alguns b sides pro disco, como "Luminous Time", é uma canção muito especial. Sim, "Sweetest Thing", é importante, pois perdi os direitos, porque dei de presente para minha esposa pois esqueci de seu aniversário, e ela disse: 'bem, se você quiser realmente me dar algo, me dê uma canção', e então ela pegou o dinheiro e doou para a Projeto das Crianças de Chernobyl, mas eu só queria dizer que a canção era sobre ela e eu realmente não queria lhe dar a canção, mas ela tomou.

Larry: Não tenho lembranças sobre isso.

Pergunta: É verdade que Brian Eno esteve perto de apagar "Where The Streets Have No Name" porque ela não funcionava, mas foi impedido?

Edge: Tenho que agradecer ao nosso engenheiro assistente Pat McCarthy que conteve fisicamente Brian Eno. Ele veio por trás e agarrou ele como um urso faz, para o acalmar, porque Pat estava vindo de uma pausa do almoço e Brian o pediu para sair e pegar um lanche para ele, e já estava preparado para apertar o botão e apagar a fita multitrack, então Pat correu e agarrou Brian, que começou a gritar: 'Pat, você não entende, se apagarmos e começarmos novamente, vamos economizar muito tempo, já que eles não param de trabalhar em cima deste backing track e nunca vão conseguir algo'. Mas a faixa foi salva, o que é ótimo.

Pergunta: Eu gostaria de saber onde é que as ruas não tem nome de "Where The Streets Have No Name", que tipo de lugar é esse, e como surgiu essa ideia de um lugar misterioso?

Bono: A ideia teve início na minha viagem para a Etiópia, onde eu e Ali estávamos trabalhando em uma estação de alimentação etíope, havia tipo um orfanato, e eu era conhecido como A Menina de Barba, e ficamos lá por cerca de cinco semanas, trabalhando com a World Vision, uma ONG da Irlanda, e em uma noite, não havia nada para fazer, e eu estava escrevendo e o foco era essa ideia de onde as ruas não tem nome, este lugar da imaginação, da alma, e também estava voltado para os problemas que estavam acontecendo na Irlanda Do Norte, e como as pessoas poderiam dizer qual era a sua religião pela rua em que você vivia, e eu só pensava neste outro lugar, mais aberto, este lugar da minha imaginação.

Pergunta: Algo sério: Por que vocês estão fornecendo ingressos para a The Joshua Tree Tour 2017 no mercado secundário e por altos valores?

Bono: Está havendo muito emoção e a venda de ingressos é a resposta para esta turnê, e eu acho que é importante as pessoas entenderem que não temos nenhum tipo de lucro da venda de ingressos no mercado secundário, e na verdade, os fãs e a banda são os últimos a lucrar com isso. Eu acho que a venda dos Paperless Tickets (ingressos cuja entrada é o próprio cartão de crédito usado na compra) é a melhor solução que estava acontecendo na América, e acho que tínhamos que adotar isso para o futuro, mas sobre isso não temos uma resposta fácil, é muito complicado.

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