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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Morre Winnie Mandela, que inspirou a letra de "Ordinary Love" do U2


A militante sul-africana que lutou contra o apartheid Winnie Madikizela-Mandela morreu aos 81 anos, segundo a rede britânica BBC. Ela era ex-esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que se tornou um ícone na defesa da igualdade racial.


O porta-voz da família, Victor Dlamini, disse em um comunicado que ela morreu em um hospital de Joanesburgo depois de "uma longa doença", que a obrigou a ser internada várias vezes desde o início do ano. "Ela sucumbiu pacificamente nas primeiras horas da tarde desta segunda-feira cercada por sua família e entes queridos."
"Ordinary Love" foi um single lançado pelo U2 em vinil em novembro de 2013. Foi a primeira música inédita em três anos, e sua letra é uma ode à Nelson e Winnie Mandela.
Foi lançada também na trilha sonora do filme 'Mandela: Long Walk To Freedom'.
O produtor do filme, amigo de longa data de Mandela, Anant Singh, enviou para Bono as cartas de amor que Nelson Mandela escreveu a sua esposa de sua cela de prisão na ilha Robben, e o U2 começou a transformar a poesia em letras.
"Achamos que deveria ser uma canção de amor, uma canção muito humana. Não épica, não séria em lidar com mudanças políticas mudando o mundo", Edge disse. "Mas pessoal de duas pessoas, tentando segurar uma à outra em face de maus-tratos terríveis e coração partido."
"Nós tínhamos três ou quatro chances para fazer certo", disse Bono. "As letras mudaram de rumo para mim depois de ler suas cartas de amor para a Winnie. Talvez a razão pela qual eles nos pediram para fazer uma espécie de momento "Pride (In the Name of Love)", mas não parecia certo. O único lugar em sua vida em que ele se sentia um perdedor, que seus inimigos haviam prevalecido, era em seu casamento."
Winnie e Nelson se casaram em 1958, seis anos antes de ele ser condenado à prisão perpétua pelo regime de minoria branca.
Durante os 27 anos de prisão de Mandela, Winnie continuou com o combate, passou pela prisão, prisões domiciliares, confinamentos em uma localidade afastada de todos. O casal se divorciou em 1996 - dois anos depois que Mandela se tornou o 1º presidente negro do país.
Winnie ressaltava a sua importância na luta do ex-marido enquanto ele esteve preso. "Se eu não tivesse lutado, Mandela não teria existido, o mundo inteiro o teria esquecido e ele teria morrido na prisão como queriam as pessoas que o prenderam", declarou em entrevista concedida ao jornal francês "Le Journal du Dimanche", em 2013.
Em 1991, ela foi condenada por cumplicidade no sequestro de um jovem militante à pena de prisão comutada por uma multa. Também foi condenada por fraude em 2003.
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